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O síndico do Edifício Canoas, Jorge Alexandre de Oliveira, entregou, no início da tarde desta sexta-feira (22), as imagens do circuito interno de segurança do prédio à Polícia Civil, que comprovam que o morador do 1001, o alemão Markus Muller, de 51 anos, entrou sozinho no apartamento, no domingo (17), véspera da explosão por vazamento de gás. Segundo Oliveira, a sequência mais importante registrada pelas câmeras é quando Muller aparece chegando com sua Cherokee à garagem do edifício, às 19h19min. Em seguida, às 19h23min, o alemão aparece abrindo a caixa de correspondências. Dois minutos depois, a câmera do elevador registra ele ajeitando o cabelo em frente ao espelho. Há 24 câmeras de segurança no prédio.

“Ele (Muller) aparece sozinho nas imagens, como os meus porteiros disseram desde o início. As imagens comprovam que ninguém entrou no apartamento do alemão na noite da véspera da explosão. Espero que o caso esteja próximo de ser elucidado”, disse o síndico, preocupado com os prejuízos.

O delegado titular da 15ª DP (Gávea), Pires Lage, investiga também se Muller tem conta bancária e algum seguro de vida. Caso haja alguma apólice, a polícia quer saber quem são os beneficiários. Ontem, Janete Barbosa dos Santos, de 29 anos, mãe do adolescente Felipe Barbosa da Silva, de 14 anos, que era apadrinhado pelo alemão para jogar na Escolinha do Barcelona, na Barra da Tijuca, disse à polícia que o filho contou que Muller se queixava do cheiro de gás há dois meses.

O estado de saúde de Muller, intenado no setor de queimados do Hospital Municipal Pedro II, continua grave. Ele tem 50% do corpo queimado e respira com a ajuda de aparelhos. Representantes do consulado estiveram na unidade para acompanhá-lo.

A perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) tem até o dia 7 de junho para concluir as causas da explosão no prédio, mas uma investigação preliminar indica que houve um vazamento na conexão do rabicho do aquecedor com a tubulação de gás, na área de serviço do apartamento 1001, alugado por Muller. Quanto aos cortes no corpo do alemão, um legista que o examinou explica que os ferimentos são compatíveis com estilhaços de vidro. Quando o Corpo de Bombeiros o socorreu no dia da explosão, o alemão estava sentado numa poltrona de couro onde havia pedaços de vidro que voaram durante o acidente. A janela do escritório do alemão também estava quebrada e tinha marcas de sangue.

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