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Curitiba tem 1.884.943 habitantes, três vezes mais do que Londrina, segunda no ranking | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Curitiba tem 1.884.943 habitantes, três vezes mais do que Londrina, segunda no ranking| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Projeção

Crescimento demográfico no Brasil vai continuar até 2043

De acordo com as estimativas do IBGE, a população brasileira deverá começar a cair a partir de 2043. A marca de 201.032.714 habitantes foi registrada em 1º de julho deste ano e continuará a crescer até 2043, quando o país terá 228.343.224 habitantes. A partir daí, a população começa a cair até voltar à casa dos 218 milhões em 2060 – mesma quantidade que deverá ser registrada em 2025. Como as estimativas estaduais têm alcance apenas até 2030, não é possível observar se o Paraná também terá taxas negativas de crescimento. O ritmo de evolução da população do estado, porém, deverá diminuir. Entre 2000 e 2010, os municípios paranaenses tiveram crescimento populacional de 11%. Esse porcentual deverá cair para 8% na comparação entre 2020 e 2010.

Densidade

Dez maiores cidades concentram 41% da população do Paraná

Além da projeção da população brasileira para as próximas quatro décadas, o IBGE também divulgou ontem a população estimada de cada município brasileiro. Dos 10,9 milhões de habitantes do Paraná, 4,5 milhões estão nas dez cidades mais populosas – 41% do total. O ranking dos municípios paranaenses mais populosos é o mesmo do divulgado no ano passado. Curitiba lidera com 1.884.943 habitantes – três vezes mais do que a segunda colocada, Londrina, que tem 537.566 moradores. Na sequência, aparecem Maringá (385.753), Ponta Grossa (331.084), Cascavel (305.615), São José dos Pinhais (287.792), Foz do Iguaçu (263.508), Colombo (227.220), Guarapuava (175.779) e Paranaguá (148.232).

A população brasileira cresce cada vez menos, mas envelhece e vive mais. Essas são as constatações da mais nova projeção realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgada ontem. Segundo o levantamento, o país tem em 2013 201.032.714 habitantes – 7% deles com 65 anos ou mais. No ritmo das estimativas do instituto, em 2060 um em cada quatro brasileiros será idoso (27%). No Paraná, onde as projeções indicam que a expectativa de vida saltará para 80 anos em 2028, a proporção de idosos pulará dos atuais 7,92% para 15,13% em 2030.

INFOGRÁFICO: Confira a expectativa de vida e a taxa de fecundidade dos paranaenses

O envelhecimento acelerado da população brasileira vem ocorrendo em função da queda da fecundidade e é acompanhada pelo aumento da expectativa de vida. Em 2000, a proporção de nascidos por mulher era de 2,39 – índice que caiu para 1,77 neste ano e que cairá para 1,51 em 2030. No Paraná, a queda tende a ser ainda mais acentuada, já que a taxa de fecundidade deverá chegar a 1,45 em 2030.

Uma das consequências dessa mudança de perfil populacional é a alteração da chamada razão de dependência da população, que indica a proporção de pessoas que teoricamente precisam ser sustentadas (abaixo de 15 anos e acima de 64) pela parcela economicamente produtiva. Hoje, cada grupo de 100 habitantes teria de sustentar 46 indivíduos. Sendo mantidos os ritmos atuais de envelhecimento e fecundidade, essa razão saltará para 66 em 2060.

Além da mudança significativa na taxa de dependência, o demógrafo Morvan Moreira aponta a necessidade de redefinição de políticas públicas. "Essa mudança de perfil populacional traz uma nova ordem de demandas sociais, que implica diretamente nas políticas de saúde, emprego e educação. Além disso, o estado terá mais dificuldades de equilibrar o fator previdenciário e mais pessoas recorrerão à previdência privada", diz o especialista da Fundação Joaquim Nabuco.

Se por um lado a possibilidade de taxas negativas de crescimento populacional preocupa, por outro o aumento da expectativa de vida anima. A expectativa de vida do brasileiro vem crescendo projeção após projeção. Se, em 2000 vivia-se em média 69 anos, em 2050 o brasileiro passará a viver 80 – média que o Paraná deverá atingir já em 2028.

"Esse cenário é reflexo da melhoria em investimentos em educação, saúde, saneamento básico. Quanto mais as pessoas são bem cuidadas, maior a longevidade delas", afirma Moreira.

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