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Menina violentada prestou depoimento nesta quinta (26). | Gabriel de Paiva/Agência O Globo
Menina violentada prestou depoimento nesta quinta (26).| Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

Suspeito de ter participado do estupro coletivo de uma adolescente no Rio, Lucas Duarte Santos, de 20 anos, vai sustentar em seu depoimento à polícia que o crime, na verdade, não aconteceu. Seria uma invenção da menina para justificar imagens suas publicadas na internet frente aos pais, que são religiosos.

Esse será o argumento que Santos apresentará ao delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), quando for interrogado, na noite desta sexta-feira (27), segundo seu advogado, Eduardo Antunes.

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De acordo com os investigadores, três homens envolvidos no crime já foram identificados e terão a prisão preventiva pedida pela polícia

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Santos está na DRCI, na Cidade da Polícia, zona norte do Rio. Segundo o advogado, ele teve um relacionamento com a adolescente no passado.

A versão é que, após participar de um baile funk, dois casais se reuniram em uma casa abandonada no Morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste. A adolescente teria tido relações sexuais com Ray de Souza, de idade não revelada, que também está na DRCI para prestar depoimento. No mesmo local e momento, Santos teria tido relações com outra menina, de nome e idade não informados, também presente à delegacia nesta noite.

O advogado afirma que os três teriam deixado a adolescente na casa e que não podem dizer se houve estupro em seguida. Antunes admite, no entanto, que Ray expôs foto da adolescente no Whatsapp.

Versão da vítima

O estupro coletivo foi cometido por 33 homens envolvidos com o tráfico de drogas no Morro da Barão, afirmou a advogada Elisa Samy, que acompanhou a vítima em seu depoimento.

À reportagem, Samy afirmou que a adolescente disse ter acordado no domingo sem reconhecer nenhum dos estupradores, que seriam todos ligados ao tráfico de drogas. Com isso, a adolescente isenta Lucas Santos de participação direta. “Ela acordou e contou 33 homens com armas, nenhum deles conhecido. Eram homens do tráfico”, afirmou a advogada.

A adolescente prestou depoimento na DRCI e deixou a Cidade da Polícia às 21h20, sem falar com os jornalistas. A advogada disse não saber se continuará no caso. Afirmou que se prontificou a ajudar no depoimento de hoje e que a família decidirá quem representará a adolescente daqui para a frente.

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