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Taxistas de Curitiba têm acompanhado com apreensão a expansão do Uber no Brasil. A exemplo do que ocorre em outras cidades, o discurso também tem sido bastante duro por aqui.

“[O Uber] é um sistema pirata. Estão querendo jogar leis federais no esgoto. Não somos contra aplicativos, mas o que eles fazem é transporte ilegal de passageiros”, definiu Abimal Mardegan, presidente do Sindicato dos Taxistas do Paraná.

“Alforria”

Entre os taxistas colaboradores – aqueles que não detêm placas e que pagam diárias ou arrendam carros para trabalhar – a operação do Uber em Curitiba representaria uma liberdade. “A maioria dos colaboradores está vendo isso como uma carta de alforria. Em vez de pagar diárias para a ‘máfia laranja’, cada um poderia comprar o próprio carro e trabalhar por conta própria, pelo Uber”, disse um taxista, que pediu para não ser identificado, por medo de perder o carro em que trabalha.

Outro colaborador afirma que os taxistas contrários ao Uber são apenas os que mantêm concessões. “Eles não querem perder esse monopólio, porque todo o sistema está nas mãos deles”, afirmou.

Além disso, os taxistas afirmam que Curitiba é a capital com a frota mais nova e motoristas bem preparados. Por isso, não veem a necessidade de um serviço como o Uber – que se caracteriza por trabalhar apenas com veículos sedan, com bancos de couro e ar-condicionado. “Fizemos um levantamento em rádio-táxis e em empresas e temos mais de 100 carros no ‘padrão Uber’, além dos táxis executivos [são 18, segundo a Urbs]. Entre os ‘laranjas’, há muito Honda Civic, Corolla, Fusion. Dentro desse estilo”, avaliou Rogério Félix, vice-presidente da associação União dos Taxistas de Curitiba.

Usuários

Entre os principais benefícios apontados pelos usuários do Uber, estão a agilidade oferecida pela rede e o custo menor. Em julho, a empresária Maria Sílvia Martinucci experimentou o sistema em Los Angeles, nos EUA, e diz ter se “apaixonado” por ele.

“Em menos de dez minutos, o carro estava na porta de casa. Gastamos US$ 5. Se fosse em um táxi, teria sido US$ 25.”

A economista Lenina Formaggi, que mora em Curitiba, também usou o Uber, em Chicago, nos EUA. Lá, ela e uma amiga optaram pelo sistema, porque a viagem sairia mais barata. “Foi uma experiência sem surpresas. O veículo veio rápido, fui muito bem atendida, os motoristas eram muito educados e com carros muito bons”, apontou.

O quesito segurança, no entanto, faz os usuários pensarem duas vezes para decidir se usariam o Uber no Brasil. Maria Silvia, por exemplo, pondera que não se sentiria tranquila em embarcar em um veículo com um motorista que não é regulamentado.

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