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Sem acordo com a reitoria, os servidores técnico-administrativos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) decidiram encerrar nesta sexta-feira (28) a greve iniciada há uma semana.

Apesar disso, o sindicato da categoria informou que manterá as manifestações contra os “supersalários” na instituição.

A avaliação dos sindicalistas foi que a crise que atinge as universidades do Estado impediu a adesão ao movimento. Além do fim dos “supersalários”, os trabalhadores pediam a equiparação salarial da categoria com as outras universidades do Estado, entre elas a USP (Universidade de São Paulo).

“Tivemos dificuldades na construção da greve diante da posição intransigente da reitoria. Mas vamos manter as manifestações contra os ‘supersalários’. Se estamos em crise, por que manter salários de R$ 50 mil?”, disse Diego Machado de Assis, diretor do STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp).

Em assembleia realizada na manhã desta sexta, 88 funcionários votaram pelo fim da paralisação. Outros 63 pediram pela continuidade da greve e 28 se abstiveram. O trabalho volta ao normal na próxima segunda-feira (31), de acordo com a direção do sindicato.

Polêmica

A polêmica dos “supersalários” pagos a professores e integrantes da reitoria ocorreu depois que a Justiça decidiu, em ação movida pela Folha de S.Paulo, a publicação dos valores pagos.

De acordo com a lista, 912 servidores ganham acima do teto constitucional, que no Estado de São Paulo tem como referência o salário do governador Geraldo Alckmin (PSDB), de R$ 21,6 mil.

O reitor José Tadeu Jorge é um dos beneficiados. Ele aparece na lista com duas matrículas, uma delas com salário bruto de R$ 14,9 mil e a outra, com R$ 35 mil. Somadas, as remunerações sem descontos superam o total pago ao governador paulista.

A Unicamp tem 8.527 servidores técnico-administrativos em todos os campi: Campinas, Limeira e Piracicaba, no centro de pesquisa em Paulínia e nos escritórios em São Paulo.

A reitoria da universidade foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.

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