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Projeto piloto

Confira as linhas que receberão o teste no terminal do Cabral:

- Interbairros II (sentido horário)

- Interbairros II (sentido anti-horário)

- Inter 2 (horário)

- Inter 2 (anti-horário)

- Santa Cândida/Capão Raso

- Santa Cândida/Pinheirinho

- Cabral/Osório

- Solar

- São João

- Tingui

- Cabral/Cachoeira

- Cabral/Portão

- Tamandaré/Cabral

Fonte: empresa Dataprom

Os usuários dos ônibus que passam pelo terminal do bairro Cabral poderão conferir a partir de hoje o trajeto de 13 linhas em tempo real por um monitor de tevê. Além do trajeto, conseguirão saber em quanto tempo o veículo chegará ao terminal. O novo serviço começa a ser testado pela empresa Dataprom, que tem desenvolvido o modelo ao lado do Instituto Curitiba Informática (ICI), braço da prefeitura da capital na área de tecnologia. O tempo em que ficará em testes não foi especificado.De acordo com o gerente de implantação da empresa Da­­ta­­prom, Antenor Simões Júnior, o teste será restrito aos 217 veículos da empresa Glória, já que esses ônibus possuem rastreadores GPS (Global Positioning System ou Sistema de Posicio­na­­mento Global, em português) e tecno­­logia 3G, que possibilita transmissão de dados de longas distâncias. Até o fim deste mês, serão 500 veículos da empresa que terão o sistema completo.

No teste de hoje, uma pessoa estará em uma das linhas cronometrando a viagem e monitorando o trajeto do ônibus. Ao mesmo tempo, alguém permanecerá no terminal conferindo as informações do monitor em tempo real. Simões não soube informar o custo do desenvolvimento desse modelo. Procurada pela reportagem, a empresa de economia mista Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), responsável pelas linhas de ônibus, não quis comentar o assunto porque o sistema ainda está em fase de testes.

Equipamento

Segundo Simões, o equipamento acoplado na parte elétrica dos ônibus com tecnologia 3G emitirá a posição exata de onde está o veículo para um servidor central, que abastecerá também um monitor de 42 polegadas no terminal. A tevê será protegida por um material feito de policarbonato, semelhante ao acrílico.

"Quem melhor do que a população para fiscalizar os ônibus? Isso vai incentivar a melhoria da qualidade do transporte", afirma Si­­mões. No futuro, os tubos dos biarticulados e dos ligeirinhos devem receber os monitores. Implantá-los nos pontos de ônibus é uma etapa que ainda será estudada.

"Com a tecnologia pronta, receberemos da Urbs as tabelas de horários dos ônibus, e saberemos quais veículos não cumprem o cronograma. Será possível verificar também se o veículo saiu no horário correto", explica.

Segundo Simões, a prefeitura deve construir uma central com os monitores controlando o trânsito em tempo real. Atualmente, a administração pública já é capaz de saber onde os ônibus estão via computador.

Botão do pânico

Simões informou que toda frota já está protegida pelo botão do pânico. Em caso de assalto ou imprevisto, o motorista pode apertar o botão e a Urbs saberá do problema na hora. No entanto, ainda não se sabe se quem receberá o alerta é a Polícia Militar ou a Guarda Municipal, e qual das duas instituições atenderá à ocorrência. Por enquanto, a Urbs será responsável por avisar as autoridades competentes.

Antes tarde do que nunca, diz especialista

Especialistas ouvidos pela re­­portagem elogiaram o desenvolvimento do projeto, mas ressaltaram que já chega tarde. Segundo o ex-diretor de Planejamento da Urbs, João Carlos Cascaes, esse sistema já existe há anos no metrô de cidades francesas. "Isso significa operação real do sistema. O que me surpreende é que só agora a Urbs está fazendo isso", comenta. De acordo com ele, essa parte do controle pode fazer maravilhas. No entanto, ele deixa uma ressalva. "É fundamental saber quanto vai custar", afirma.

Para o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo e professor do mestrado e doutorado em Gestão Urbana da PUCPR, Carlos Hardt, o sistema deve ser expandido também para os pontos de ônibus. De acordo com ele, o sistema será importante mesmo com os inúmeros atrasos dos ônibus. "Pior que notícia ruim é não ter notícia. O usuário poderá pegar outro ônibus ou fazer algo e voltar em seguida. Melhorará muito a relação com o usuário", afirma.

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Interatividade

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