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Banho nas águas calmas da Ponta da Pita, em Antonina, é programa para o fim de tarde | Fotos: Jonathan Campos / Gazeta do Povo
Banho nas águas calmas da Ponta da Pita, em Antonina, é programa para o fim de tarde| Foto: Fotos: Jonathan Campos / Gazeta do Povo
  • Baía de Paranaguá, no centro histórico da cidade
  • Mercado Municipal de Paranaguá
  • Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Paranaguá
  • O Centro histórico de Morretes
  • Sorvete de gengibre da Sorveteria Banana da Terra, no Porto de Cima, em Morretes
  • Barreado de Morretes
  • Centro histórico de Antonina

Paranaguá – o Paraná começou aquiCom um cafezinho e um pastel de banana, o passeio se inicia no Mercado Municipal do Café, em Paranaguá. A construção de estilo neoclássico, que data do século 19, reúne uma dezena de bancas gastronômicas, que oferecem uma série de quitutes a preços acessíveis. O lugar é parada obrigatória de parnanguaras e turistas do mundo todo, que chegam ali para começar o dia. "Aqui sempre tem francês, alemão, italiano. Para servir esse povo, só na base da mímica e da risada", diz a atendente Paula Júlio, de 28 anos, que desde os 18 trabalha no mercado.Com o estômago cheio, o visitante que gostar de artesanato pode seguir para o novo Mercado Municipal, construído atrás da rodoviária. A bela vista da ponte que liga o continente à Ilha dos Valadares vem de brinde.Já para quem quiser se aprofundar nas tradições da cidade mais antiga do estado (fundada em 1648), vale lembrar que construções históricas são encontradas a cada palmo do centro de Paranaguá. Exemplos não faltam. Da Fonte Velha ao Museu de Arqueologia e Etnologia (ambas do século 17), passando pelas igrejas de São Benedito (século 18) e Nossa Senhora do Rosário (século 16), o passeio é uma grande aula de história do Paraná. Barreado e outras iguarias de Morretes

Depois de passar a manhã em Paranaguá, o visitante que quiser seguir o roteiro 3 em 1 precisa se agilizar e pegar a estrada para Morretes. De carro, os 44 quilômetros de distância são feitos em 40 minutos. De ônibus, a viagem dura em torno de uma hora.Se a fome apertar, a dica é tocar direto a um dos vários restaurantes tradicionais da região, próximos a Rio Nhundiaquara, na Ponte Velha. Assim fez o empresário londrinense Ademir Medina Sanches, 57 anos, acompanhado da esposa Cristina, e das filhas pequenas Pietra e Giulia. Os quatro saboreavam pela primeira vez um barreado no Restaurante Madalozo, sendo conduzidos no ritual de preparo dos pratos pelo maître Israel Ribeiro da Fonseca, o Leleco, de 72 anos. Após demonstrar como um bom pirão de carne não descola do prato, mesmo de ponta cabeça, Leleco ainda cantarolou aos fregueses Meus Tempos de Criança, de Ataulfo Alves. O show particular, mais o barreado à vontade, acompanhado de frutos do mar, custa R$ 25 por pessoa.

Para fazer a digestão, que tal degustar um licor especial ou tomar aquele sorvetinho de sobremesa?

Na região do Porto de Cima, há dois locais imperdíveis. No Templo dos Licores há inúmeros sabores de bebidas, "todas confecionadas com ingredientes naturais e sem conservantes", garante Marcos Kaniak, proprietário do local. O licor mais popular é o de banana passa, vendido em medidas que vão de R$ 3 a R$ 12. Outra opção é o suco de banana (R$ 1,50, o copo) criado por Kaniak.

Há poucos minutos dali, na Sorveteria Banana da Terra, a sugestão é pedir o sorvete de gengibre – o único que gela e esquenta a garganta ao mesmo tempo. Estando em Porto de Cima, quem tiver apreciado bem as montanhas do conjunto Marumbi e já tiver visitado a Igreja de São Sebastião (inaugurada em 1850), pode enfim seguir viagem para a vizinha Antonina sem culpa.

Aroma de banana na cidade dos capelistas

Uma boa forma de se começar um passeio por Antonina é admirando a sua baía do alto, no mirante localizado no espaço da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar. Sua capela foi construída em 1714, ano de fundação da cidade. "A ligação do povo com essa igreja é tão forte, a ponto de os moradores de Antonina serem chamados de capelistas, já que viviam em torno da Capela do Pilar", conta o professor aposentado Eduardo Nascimento, um capelista, com muito orgulho.

Ladeira abaixo, é hora de conhecer, no mínimo, três pontos importantes: a Fonte da Carioca (local onde até Dom Pedro II sorveu um gole d’água); a Estação Ferroviária (construída em 1916, na fase áurea da erva-mate); e o Theatro Municipal (que também remonta à fase áurea da economia antoninense, no século 19).

Para seguir nessa toada histórica, basta que o visitante continue sua exploração pelo centro da cidade. Mas para quem estiver a fim de relaxar e levar as crianças para um banho em águas calmas é só rumar à Ponta da Pita.

A sugestão é fechar o dia com um último cafezinho. Dessa vez, no Mercado Municipal de Antonina, próximo ao trapiche. Na volta para casa, uma última parada na beira da estrada para comprar, direto da fábrica, uma sacolada de balas de banana – um quilo por R$ 6,50 – para comer na viagem de volta.

* * * * *Serviço: De ônibus: pela Viação Graciosa, o veranista que fizer o roteiro pelas três cidades paga R$ 3,55 nos trajetos entre elas. Informações pelo fone (41) 3423-1215 ou pelo site www.viacaograciosa.com.br.

De trem: pela Serra Verde Express, é possível fazer o trajeto Curitiba-Morretes-Paranguá de trem, a partir de R$ 39 (ida) e R$ 30 (volta), no vagão econômico. Informações pelo fone (41) 3077-4280 ou pelo site www.serraverdeexpress.com.br.

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