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Barulhentos

O selo será colocado, inicialmente, em três eletrodomésticos. Veja o limite de decibéis que podem emitir

Aspirador de pó: 80 dB

Secador de cabelo: 78 dB

Liquidificador: 85dB

Compare

Uma conversa: 35 dB a 40 dB

Um bebê chorando: 60 dB

Cachorro latindo: 80 dB

Motor de uma moto: 90 dB

Cortador de grama: 100 dB

Automóvel: de 60 dB a 70 dB

Trânsito congestionado: de 80 dB a 90 dB

Se você comprou aspirador de pó, secador de cabelos ou liquidificador recentemente, deve ter observado um pequeno selo com barras coloridas. Ele orienta sobre o nível do ruído dos eletrodomésticos – quanto menor o número, melhor – e é obrigatório nesses três produtos.

O Selo Ruído, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), indica, desde fevereiro deste ano, a quantidade de decibéis (unidade de medida do som) do produto. A escala classifica o nível de barulho emitido: vai de 1, para os aparelhos mais silenciosos, a 5, para os mais ruidosos. Dessa forma, o órgão busca estimular a indústria a produzir eletrodomésticos menos barulhentos e alertar o consumidor de forma mais didática sobre o potencial inimigo que pode estar trazendo para dentro de casa.

O selo para os produtos que emitem ruídos altos é uma reivindicação antiga de diversas instituições, explica a supervisora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Sonia Amaro. Mas, para a medida ser eficaz na luta contra a poluição sonora, é preciso que o cidadão faça a sua parte.

"É importante que o consumidor conheça o selo e passe a levar em consideração o nível de barulho na hora de fazer a compra. Assim, as indústrias ficam pressionadas a fabricar eletrodomésticos mais silenciosos", diz Sonia.

A iniciativa, que faz parte do Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora – Silêncio, pretende expandir, nos próximos dois anos, a abrangência dos eletrodomésticos com o selo. Logo, será possível encontrá-lo também em máquinas de lavar e aparelhos de ar condicionado.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todo e qualquer ruído que ultrapasse a casa dos 55 decibéis já pode ser considerado prejudicial à saúde, mas é acima de 85 que podem causar os problemas mais graves, explica o otorrinolaringologista Maurício Noschang da Silva, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

"Quando alguém fica diariamente exposto a uma alta intensidade de som por mais de quatro horas, como é o caso de cabeleireiros ou de quem trabalha em indústrias, pode sofrer um trauma acústico, que gera a perda auditiva", diz.

A surdez é apenas uma das consequências do excesso de ruído no dia a dia. A poluição sonora é responsável por outros males como o envelhecimento prematuro, distúrbios cardíacos e neurológicos, e até problemas gástricos.

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