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| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

O Brasil detém 13% do recur­so natural mais precio­so da Terra, a água doce. Ironi­ca­mente, sua maior cidade, São Paulo, está apelando a São Pedro para não ficar sem o precioso líquido. Se a chuva não vier, o racionamento (já recomendado por autoridades do setor) será a única alternativa para garantir o abastecimento de mais de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo.

A falta de água, no entan­to, tem mais a ver com a má distribuição do recurso do que com a escassez dele. Há re­­giões do país onde sobra água, como na Amazônia. Em outras, há muita gente para pouca água: caso da Grande São Paulo.

Outro mal secular que afeta os recursos hídricos do país é a poluição das bacias hidrográficas. "Uma água já preservada na origem [manancial] torna-se potável mais facilmente e de forma mais barata", diz André Silveira, coordenador do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS. Segun­do ele, há um descompasso entre investimento em saneamento e crescimento populacional. Sobra água, falta planejamento. "O problema, no fim das contas, é de gestão."

No Paraná, para não chegarmos ao racionamento, cada cidadão pode fazer sua parte, economizando e evitando o desperdício. Veja as dicas:

Faça a sua parte

Desperdício

Não deixe a torneira aberta o tempo todo ao lavar as mãos, o rosto ou fazer a barba. Ao lavar a louça, encha a cuba de água e enxágue tudo no fim. No banho, seja racional : bastam 5 minutos de torneira aberta para gastar 70 litros de água tratada. Por isso, feche o registro ao se ensaboar e não fique cantando no chuveiro. Usar a mangueira para "varrer" a calçada ou lavar o carro nem pensar: prefira a vassoura e um balde com água e sabão, respectivamente. Verifique periodicamente se há vazamentos.

Fonte: Sanepar.

Reúso

Você pode reaproveitar a água da máquina de lavar roupas para regar o jardim ou lavar a calçada, pisos ou tapetes, por exemplo. Outra solução é a instalação de calhas e reservatórios para a coleta de água da chuva. Embora não sirva para beber, tomar banho ou cozinhar, ela pode ser usada para regar plantas ou para lavar áreas externas e o carro. "Usar água tratada para essas atividades é símbolo do mau uso", sentencia Adriene Pereira, professora da Faculdade de Engenharia da PUC-RS.

Fonte: Sanepar e Adriene Pereira.

Tecnologia

A tecnologia e o uso racional dos equipamentos domésticos evitam o desperdício. Por isso é preciso manter válvulas e caixas de descarga bem reguladas. Também ajuda trocar o vaso sanitário que gasta até 18 litros por um com duplo acionamento, que gasta no máximo 6 litros por descarga. Ao lavar roupas, otimize as "maquinadas", juntando as peças para lavar tudo de uma vez. Outra solução é instalar torneiras com fechamento automático.

Fonte: Sanepar e Paulo Costa, da H2C, consultoria especializada em uso racional da água.

Lixo

Não jogue cigarros, absorventes, papel higiênico, fraldas, fio dental etc. no vaso sanitário. Além de entupir a rede de esgoto, o gasto de água para mandar o lixo embora aumenta. Jogar lixo, incluindo bitucas de cigarro, na rua também não ajuda. Esse material entope bueiros, provoca alagamentos e polui os rios, além de contaminar os lençóis freáticos. Fazer a ligação correta do esgoto de casa na rede coletora é obrigação: 80% da poluição dos rios da Bacia do Alto Iguaçu, que cerca Curitiba, vem do esgoto doméstico.

Fonte: Sanepar e Instituto das Águas.

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