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Operação da Polícia Federal foi realizada na sexta-feira (17), com várias prisões. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Operação da Polícia Federal foi realizada na sexta-feira (17), com várias prisões.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A Polícia Federal prendeu Roney Nogueira dos Santos, diretor de Relações Institucionais da BRF, na madrugada deste sábado no aeroporto de Guarulhos. As informações são da GloboNews. Ele teve seu mandado de prisão expedido na sexta-feira, durante a deflagração da Operação Carne Fraca, mas estava na Europa.

Segundo a Polícia Federal, Roney Nogueira dos Santos era o representante da alta cúpula da BRF envolvido no esquema de fraude de documentos e adulteração de carne. Era ele quem defendia os interesses da empresa junto aos servidores públicos que recebiam as propinas.

Na decisão judicial que autoriza o início da Operação, constam trechos de diálogos interceptados nos quais fica clara a proximidade de Roney com fiscais do Ministério da Agricultura. Em diversas conversas, Roney liga para fiscais para dizer que já redigiu documentos, que deveriam ser escritos pelo Ministério, e que são necessárias apenas as assinaturas.

Documentos para habilitar uma das unidades da BRF para exportar para a Malásia, por exemplo, são conseguidos por meio da influência de Roney sobre os fiscais, segundo relata o documento da Justiça Federal.

Num outro trecho de conversa grampeada, Roney fala com um funcionário da BRF e depois com um advogado da empresa e solicita que sejam conseguidos documentos que comprovem que uma fiscal do Ministério ressarciu a BRF de um valor gasto para mandá-la ao exterior. “Na verdade esse reembolso nunca aconteceu, e a empresa teme ter problemas futuramente com relação a esta falsa declaração de reembolso”, afirma a decisão judicial.

A BRF disse, por nota, que “está colaborando com as autoridades para o esclarecimento dos fatos”. A companhia reiterou “que cumpre as normas e regulamentos referentes à produção e comercialização de seus produtos, possui rigorosos processos e controles e não compactua com práticas ilícitas”.

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