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Defesa de José Carlos Bumlai alegam que ele não teria usufruído dos proveitos de empréstimo. | Valter Campanato/Agência Brasil
Defesa de José Carlos Bumlai alegam que ele não teria usufruído dos proveitos de empréstimo.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Os advogados do pecuarista José Carlos Bumlai apresentaram nesta sexta-feira (5) ao juiz da 13ª Vara Federal em Curitiba, Sergio Moro, pedido de restituição de R$ 56,6 milhões em bens do réu e sua família que estão bloqueados desde janeiro, em função das acusações que pesam contra ele na Justiça.

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Os defensores alegam que Bumlai não teria “usufruído dos proveitos” do empréstimo contraído em seu nome, no valor de R$ 12 milhões, com o Banco Schahin, na verdade forjado para viabilizar o repasse de propinas ao PT.

“Seria mais coerente impor a constrição aos corréus, os afagados e protegidos donos do Banco Schahin, aos caciques do PT ou ainda aos que compunham a diretoria internacional da Petrobras, pois se existe alguém que teve ganho patrimonial com a pouca-vergonha da contratação fraudulenta do tal navio-sonda, certamente não foi o peticionário”, escreveu o advogado de Bumlai, Arnaldo Malheiros, na peça apresentada à Justiça.

Bumlai é acusado de tomar R$ 12 milhões no banco e repassar o valor ao PT, como propina por contrato de R$ 1,6 bilhão assinado pelo grupo Schahin na Petrobras, para construção de um navio-sonda. Desde o início das investigações o pecuarista admite ter intermediado o pagamento de propina ao partido.

Segundo Malheiros, o dinheiro do empréstimo “foi utilizado posteriormente como moeda de troca para realização de negócio espúrio, uma bandalheira entre o Grupo Schahin e então dirigentes da Petrobras, ao qual o peticionário (Bumlai) é totalmente alheio, não tendo disposto de nenhum centavo desse dinheiro nem tampouco usufruído dos proveitos obtidos com a contratação da operação da sonda Vitória 10.000”, argumentou o advogado.

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