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Wellington Bieleck e Vicente Saliba, à direita, na Câmara de Vereadores de Mafra acompanhando processo de votação | /
Wellington Bieleck e Vicente Saliba, à direita, na Câmara de Vereadores de Mafra acompanhando processo de votação| Foto: /

Sabe aquelas pessoas que acham que o Aécio Neves, como segundo colocado nas eleições de 2014, assumiria a presidência da República caso Dilma Rousseff precisasse sair do cargo? Elas ficariam felizes com o que aconteceu em Mafra, cidade catarinense de 38 mil eleitores. Uma eleição indireta, na Câmara Municipal, escolheu na noite de terça-feira (30) o novo prefeito da cidade, que fica na divisa com o Paraná.

Acusado de nepotismo, Roberto Scholze (PT), popularmente chamado de Eto, foi cassado por decisão judicial em junho. O segundo colocado nas eleições de 2012, Wellington Bieleck (PSD), acabou sendo o mais votado pelos vereadores e passará a comandar o município.

Ao nomear a mãe, Valnete dos Santos, como secretária da Criança e Ação Social, e a madrasta, Wilmara Herzer, como secretária de Obras, Eto foi acusado de práticas nepotistas pelo Ministério Público. Os direitos políticos do petista, prefeito mais jovem eleito em Santa Catarina em 2012, foram cassados no dia pela juíza Liana Bardini. A decisão judicial foi analisada na Câmara Municipal, que num processo político, decidiu pelo impeachment.

Além da perda de direitos políticos, Eto se tornou inelegível nos próximos três anos. O cargo de vice-prefeito estava vago há dois anos, com a morte de Milton Pereira. Como já transcorreu metade do mandato, a legislação determina que seja feita uma votação indireta. Na noite de terça-feira, cada partido foi representado por um vereador da cidade. Derrotado nas urnas em 2012 por 343 votos, Wellington Bieleck (PSD) foi aprovado por unanimidade na Câmara. O vice será Vicente Saliba.

“Planejo deixar a cidade em dia e resgatar a credibilidade da cidade. Só depois colocar em metas os planos da candidatura [de 2012]”, declarou o novo prefeito, destacando que o município vive uma crise política que causa uma série de instabilidades. Já o prefeito cassado se manifestou pelo Twitter. “Ser eleito democraticamente pelo povo, ninguém me tira esse mérito”.

Em tempo: Não há previsão legal para que o segundo colocado em eleições presidenciais assuma o cargo em caso de impeachment ou qualquer outro tipo de ausência do eleito.

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