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Advogados

Alvo de denúncias, Coêlho é eleito presidente da OAB

Ele recebeu o voto de 64 dos 81 conselheiros e presidirá a Ordem pelos próximos três anos. O paranaense Alberto de Paula Machado, que também estava na disputa, teve 16 votos

“A partir de agora, não há mais vencedores e vencidos.” Marcus Vinícius Furtado Coêlho, novo presidente da OAB | Eugênio Novaes/OAB
“A partir de agora, não há mais vencedores e vencidos.” Marcus Vinícius Furtado Coêlho, novo presidente da OAB (Foto: Eugênio Novaes/OAB)

Após muita polêmica e disputa política, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) elegeu ontem o secretário-geral da entidade, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, como novo presidente da instituição. Com 64 votos, Coêlho foi declarado vencedor. O outro candidato, o vice-presidente da OAB e ex-presidente da Ordem no Paraná, o paranaense Alberto de Paula Machado, recebeu 16 votos. Na eleição, na qual votaram os 81 conselheiros, houve o registro de um voto em branco. Apoiado por 22 das 27 seccionais da OAB, Coêlho tomará posse hoje do cargo sucedendo Ophir Cavalcante, que presidiu a entidade nos últimos três anos.

O resultado das eleições da OAB Nacional representa uma derrota aos advogados de São Paulo, que não possuem nenhum representante na diretoria. Foi exatamente por isso que Machado se lançou, com o paulista Guilherme Batochio como secretário-ge­ral adjunto. A estratégia, no entanto, não teve sucesso.

Disputa e denúncias

A eleição de ontem foi o primeiro bate-chapa na OAB nos últimos 15 anos e envolveu troca de acusações entre as chapas concorrentes. Durante a campanha, foram divulgadas denúncias contra Coêlho. Ele responde por improbidade administrativa e é alvo de documentos que o relacionam a tentativa de regularizar terras devolutas em nome do seu escritório. O novo presidente da Ordem nega as acusações.

Ontem, após o resultado da votação, Coêlho não quis comentar sobre os ataques sofridos durante a campanha. "Pas­so uma borracha em cima. A partir de agora, não há mais vencedores e vencidos", disse.O processo eleitoral durou cerca de duas horas. Assim que o placar atingiu 41 votos para Coêlho, gritos de "Marcus, Marcus, Marcus", tomaram conta do plenário da sede da OAB, em Brasília.

Ao final da votação, o advogado afirmou que sua gestão se concentrará na defesa das "grandes causas da República", como a reforma política, e a "valorização dos advogados brasileiros". "A defesa é tão importante quanto a acusação. É isso que a OAB precisa dizer, para o bem da moralidade pública, da segurança jurídica. Precisamos prestigiar o direito de defesa no nosso país."

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