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Dentro da Assembleia, Rossoni conversa com policial | Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Dentro da Assembleia, Rossoni conversa com policial| Foto: Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Polícia encontra arma e bloqueadores de interceptações telefônicas na sala da segurança

A Polícia Militar (PM) encontrou uma arma e dois bloqueadores de interceptações telefônicas dentro de um cofre que fica guardado na sala da segurança na Assembleia Legislativa do Paraná na manhã desta quarta-feira (2). Além dos policiais militares, o advogado do Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis), jornalistas e o deputado Plauto Miró (DEM) acompanharam a abertura do cofre. O clima no local era bastante tenso e houve um enfrentamento entre o deputado Miró e Edenilson Ferry (Tôca), o presidente do Sindilegis, que também estava na sala.

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Novo presidente da AL foi ameaçado

Antes mesmo da eleição, Ros­­soni sentiu na pele que as mu­­dan­­ças que pretende fazer vão provocar reações em alguns setores da Casa. Na manhã de terça-feira, alguns seguranças da Assembleia procuraram o tucano por causa da insatisfação de terem sido exonerados dos cargos de confiança. Na se­­gunda-feira, o ex-presidente Nel­­son Justus (DEM) e o ex-primeiro-secretário Ale­­xandre Curi (PMDB) assinaram o Ato n.º 86/11, publicado no Diário n.º 135, o qual demite todos os servidores que ocupam cargo em comissão. A exoneração em massa está prevista na Lei da Transpa­­rência.

Insatisfeitos, alguns seguranças da Casa, entre eles Edenilson Carlos Ferry (conhecido como Tôca) – eleito na sexta-feira passada para o Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis) – procuraram Rossoni para obter o compromisso de seriam recontratados. A reportagem apurou que Rossoni se esquivou, dizendo que ainda não era presidente e que por isso não teria como se comprometer com os seguranças.

A tensão aumentou e alguns deputados disseram que viram quando Tôca e outros dois seguranças ameaçarem Rossoni exibindo armas.

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Confira, em vídeo, a entrevista concedida por Rossoni, ao telejornal Bom Dia Paraná

Luzes acesas no prédio da Assembleia fizeram a ocupação ser antecipada, diz Rossoni

A ocupação feita pela Polícia Militar (PM) ao prédio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) precisou ser antecipada, revelou o atual presidente da casa, o deputado Valdir Rossoni (PSDB). Segundo Rossoni, a medida foi tomada porque causou estranheza o fato de algumas luzes do prédio estarem acesas. "Todos os andares da Assembleia permaneciam comas luzes apagadas nos dias anteriores e ontem [terça-feira (1)], bem o andar que tem a documentação da Assembleia estava com as luzes acesas", disse o deputado em entrevista ao telejornal Bom Dia Paraná, da RPCTV.

O deputado afirmou que ainda não tinha conhecimento se os documentos foram retirados do local. Ele também esclareceu que não havia necessidade alguma de os seguranças estarem no prédio à noite, porque eram funcionários comissionados que já haviam sido exonerados e que uma empresa terceirizada é responsável pela segurança noturna.

Richa diz que é praxe PM fazer segurança em Assembleias

O governador Beto Richa (PSDB) afirmou na manhã desta quarta-feira que autorizou a ocupação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) por agentes da Polícia Militar (PM) porque avalia a medida como necessária, considerando o movimento específico vivido pela casa. Segundo Richa, é praxe em muitos estados que a PM faça a segurança de órgãos estaduais. "Essa é uma medida moralizadora e de transparência que a sociedade aguarda há muito tempo", explica.

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O presidente da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB), anunciou no início da tarde desta quarta-feira (2) o nome dos novos diretores da Casa. Benoni Manfrin é o novo diretor geral da Assembleia. Manfrin é empresário do setor de água mineral e foi secretário da Prefeitura de Curitiba entre 2001 e 2003. Ele também já ocupou outros cargos públicos no governo do Paraná, como o de chefe de gabinete da Secretaria da Fazenda. O cargo de Procurador Geral será ocupado por Luis Carlos Caldas.

Também faz parte da nova diretoria Arildo Luis Dias, que será comandante do Gabinete Militar da Presidência. Dias anunciou na tarde desta quarta-feira que a segurança patrimonial da AL passou a ser realizada por uma empresa terceirizada a partir das 19h. Nesta quinta-feira (3), 25 PMs devem voltar ao local para fazer a segurança da Casa. Policiais militares ficarão de prontidão durante toda a madrugada para qualquer eventualidade que ocorra na Assenmbleia.

Confira o nome de todos os novos diretores que assumiram os cargos nesta quarta-feira.

Rossoni também confirmou o fechamento da gráfica da Assembleia onde era rodado o Diário Oficial do Legislativo. Era na gráfica que, segundo denúncias da Gazeta do Povo e da RPC TV, na série de reportagens Diários Secretos, eram ?fabricadas? decisões que permitiram o desvio de até R$ 100 milhões por meio da contratação de servidores fantasmas e ?laranjas?.

Ocupação

A Policia Militar (PM) ocupou a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) durante a madrugada desta quarta-feira (2). Mais de 150 policiais estão na sede do Legislativo do Paraná desde a 1 hora da madrugada. A determinação partiu do governador Beto Richa (PSDB), que atendeu a um pedido do novo presidente da Casa, deputado Valdir Rossoni (PSDB). Segundo o novo presidente da Casa, a segurança dos deputados estava ameaçada. Ele não deu detalhes sobre quais seriam essas ameaças. "Éramos reféns de alguns seguranças da Casa", afirmou Rossoni em entrevista ao telejornal Bom Dia Paraná, da RPC TV.

VÍDEO: Assista à análise do colunista Rogério Galindo sobre a ocupação da Assemblelia Legislativa do Paraná pela Polícia Militar

No documento da Alep, o novo presidente pede ao governador policiamento para "garantir incolumidade desta Alep a partir da 0h do dia 2 de fevereiro por tempo indeterminado". Todas as pessoas estavam proibidas de entrar no prédio durante a madrugada e início da manhã. "Só entram em horário de expediente", disse um policial. A entrada só foi liberada a partir das 7h40.

Por volta das 9 horas, o expediente na casa ainda não havia sido normalizado. Muitos funcionários acompanhavam a ação da polícia, apesar de o acesso a assembleia para qualquer pessoa estar liberado desde as 7h40. No local, a PM informou que mais 50 agentes devem se dirigir ao local durante a tarde, para reforçar a segurança durante a sessão do dia. O reforço policial chegou por volta das 11 horas.

No momento da ocupação, as ruas no entorno foram fechadas e só viaturas da policia passavam. Por volta de 7 horas, já não havia mais bloqueio em frente ao prédio.

Durante a chegada dos policiais, alguns seguranças da Casa faziam a guarda. Eles reclamaram de truculência da PM.

Cerca de 30 policiais do Batalhão de Choque percorreram as dependências da Casa. Fontes da polícia contaram que uma arma teria sido apreendida com um dos seguranças. Edenilson Carlos Ferry (conhecido como Tôca) ? um segurança da Casa que foi eleito na sexta-feira passada para o Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis) - afirmou que nenhum segurança anda armado na Assembleia. O tenente coronel da PM, Arildo Luiz Dias, responsável pela ocupação da PM, não falou com a imprensa durante a madrugada. Nesta manhã, a PM também não falou com a imprensa.

O novo comandante do Gabinete Militar da Presidência, Arildo Luis Dias, informou que desde às 19h desta quarta-feira os policiais deixaram o local e a segurança patrimonial - interna - da Assembleia passou a ser realizada por uma empresa terceirizada. Quatro viaturas da PM continuaram realizando a segurança no chamado perímetro, em ruas do Centro Cívico que ficam próximas à Assembleia. Na manhã desta quinta-feira (3), 25 PMs devem voltar a fazer a segurança nas dependências da AL. Esta deve ser a estrutura de segurança a ser adotada pela PM no local a partir de agora. Segundo Dias, equipes com policiais militares também estão de sobreaviso para qualquer eventualidade que venha a ocorrer na AL durante a noite.

Novas resoluções na Alep

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (2), Rossoni afirmou que um gabinete da PM deve ser instalado na casa e será institucionalizado que os policiais serão os responsáveis pela guarda da Alep. Os seguranças que trabalhavam no local foram demitidos pela última gestão, como é de praxe no caso da troca de governo. Rossoni afirmou que eles não serão recontratados.

Rossoni também comentou a relação do pedido de ocupação da Assembleia com uma suposta ameaça feita por alguns seguranças na terça-feira (leia mais no quadro ao lado), antes da eleição da presidência da Casa. O novo presidente da casa afirmou que essas ameaças não foram o motivo para a solicitação e que ela foi feita porque ele estava insatisfeito com a segurança. Rossoni comentou que foi acuado por membros da segurança durante a posse, na terça-feira (1), e que muitos funcionários eram reféns dos seguranças, no sentido de serem vítimas de ameaças.

Ferry chegou pouco depois da ocupação da PM e acusou Rossoni de usar a policia para apreender documentos com supostas denúncias, que estariam guardados no setor de segurança. "Isso aqui é uma ditadura", disse Ferry.

Pela manhã, ele acusou Rossoni de manter pelo menos quatro funcionários em seu gabinete que recebem salários superiores aos dos deputados. Questionado sobre a denúncia, Rossoni disse que Ferry pode oferecer a denúncia para o Ministério Público, que tem total liberdade para apurar o caso.

Na tarde desta quarta-feira, servidores foram até a sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-PR, para entregar provas contra o presidente da Assembleia.

O Sindilegis também ingressou com um mandado de segurança no plantão judiciário, solicitando a retirada dos agentes da polícia e a reintegração dos seguranças a seus postos de trabalho. O sindicato alega que é inconstitucional a PM cuidar da segurança da Assembleia e que a função dos policiais é cuidar do povo. O advogado do Sindilegis, Henoch Gregorio Buscariol, disse que a decisão já foi encaminhada para a Vara da Fazenda e a expectativa é que na manhã desta quinta-feira (3) eles tenham uma resposta sobre os pedidos. O advogado disse estar confiante na reintregração dos funcionários e explicou que esta decisão não está diretamente ligada com a retirada dos policiais militares do local. Buscariol explicou que as duas solicitações são diferentes e sem relação direta.

Análise Galindo

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