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O consultor também negou querer fama, e lamentou que sua ação tenha vazado | Divulgação/Arquivo Pessoal
O consultor também negou querer fama, e lamentou que sua ação tenha vazado| Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

O autor do habeas corpus a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Maurício Ramos Thomaz, se define como “consultor de advogados” e se considera um Sherlock Holmes. Ele afirmou que ficou até as 6h bebendo cerveja e não sabia do tamanho da repercussão de pedido em favor de Lula. O consultor disse que agiu por conta própria, e negou ter relação com partidos políticos . Apesar de não ter ensino superior, ele afirma ser “muito bom no que faz”.

Questionado sobre a informação de sua ação ter sido divulgada pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), Thomaz disse que a oposição é “rasteira”. “Um amigo meu, que vota no PT, mas não é advogado e nem filiado ao partido, me avisou que havia uma pequena possibilidade do Lula ser preso. Fui ler sobre a investigação e achei que tinha mesmo. Não acho que o Lula tem culpa, então, reagi. O jogo da oposição que é rasteiro”, disse.

O consultor também negou querer fama, e lamentou que sua ação tenha vazado. “Já fiz para várias outras pessoas (habeas corpus) e ninguém nunca falou nada. Eu gosto de ganhar causas porque, modéstia a parte, eu sou muito bom. Meu trabalho é ser discreto”.

Para ele, o juiz que comanda as investigações da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, é “um perigo”. “Ele gosta de arbitrariedade. Ele fraudou a sentença do Cerveró, escreveu 65 páginas em duas horas, isso é impossível”.

Nos últimos anos, outros casos de repercussão tiveram ações assinadas pelo mesmo nome. Em 2012, Maurício Thomaz entrou com um pedido de habeas corpus em favor de Simone Vasconcelos, ré no processo do mensalão. Segundo ele, Simone está sofrendo “constrangimento ilegal” ao ser condenada por um “crime inexistente”, no caso, lavagem de dinheiro “em continuidade delitiva”.

No documento, o consultor classificou o voto do ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa de “mal intencionado” e “ridículo” por ter considerado inquéritos policiais e ações penais em andamento como maus antecedentes, conforme voto do ministro vazado no site do STF. Ele também já entrou com ações a favor de Kátia Rabello e do jornalista Diogo Mainardi.

Em março de 2014, Thomaz encaminhou ao Senado uma representação contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo julgamento do mensalão. O TRF-4 informou que o HC, que entrou em um processo em que o principal réu é Nestor Cerveró, será examinado pelo desembargador Federal João Pedro Gebran Neto, relator do processo.

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