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A PF informou ao ministro do Supremo que não tinha condições de mantê-lo no local porque é a única superintendência do país que não possui um sistema para custódia de presos. | Bruno Poletti/Folhapress)
A PF informou ao ministro do Supremo que não tinha condições de mantê-lo no local porque é a única superintendência do país que não possui um sistema para custódia de presos.| Foto: Bruno Poletti/Folhapress)

O banqueiro André Esteves deixou na noite desta quinta (26) o prédio da superintendência da Polícia Federal no Rio. Ele seguiu para o IML (Instituto Médico Legal), onde realizaria exame de corpo e delito. De lá, Esteves seria levado para o presídio Ary Franco, na zona norte da cidade. O banqueiro deixou o prédio às 22h18 numa viatura da Polícia Federal.

Na tarde desta quinta, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki negou o pedido de revogação de prisão feito pela defesa do banqueiro André e ainda determinou que ele seja encaminhado para uma unidade prisional.

Um dos homens mais ricos do país, Esteves está preso desde quarta suspeito de obstruir as investigações do esquema de corrupção da Petrobras junto com o senador Delício do Amaral (PT-MS). Os dois teriam negociado a compra do acordo de delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para não serem citados, prometendo uma mesada de R$ 50 mil, além de tratarem de fuga.

A PF informou ao ministro do Supremo que não tinha condições de mantê-lo no local porque é a única superintendência do país que não possui um sistema para custódia de presos.

Por isso, todos os detentos levados para o local passam, geralmente, uma única noite antes de seguirem para um presídio do sistema penitenciário do Rio.

O ministro também rejeitou o pedido de revogação imediata da prisão. A defesa alegava que ele nunca teve em mãos qualquer depoimento da Lava Jato, não conhece as pessoas envolvidas na denúncia e que as buscas em suas casas e no BTG já teriam ocorrido, significando que sua liberdade não atrapalharia as investigações.

Em depoimento, o dono do banco BTG Pactual disse que as conversas que teve com Delcídio foram apenas sobre a situação econômica do país e a possível adoção da CPMF (imposto sobre transações financeiras).

Segundo o banqueiro, eles nunca conversaram sobre a Lava Jato. Em seu depoimento, Esteves diz não conhecer o advogado Edson Ribeiro, o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, ou o filho de Nestor Cerveró, Bernardo.

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