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O governador classificou a cobrança por explicações da viagem como ‘mediocridade e hipocrisia’ | Divulgação/Divulgação
O governador classificou a cobrança por explicações da viagem como ‘mediocridade e hipocrisia’| Foto: Divulgação/Divulgação

Depois de sete meses sem uma visita oficial a Londrina, o governador Beto Richa (PSDB) desembarcou nesta quinta-feira (26) na cidade, para uma visita rápida ao prefeito Alexandre Kireeff (PSD), que o recebeu na prefeitura. Num ano marcado por crises que resultaram em desgaste e perda de popularidade, o tucano apareceu pouco na cidade, que lhe deu uma das maiores votações proporcionais nas suas duas eleições para governador.

Em uma entrevista coletiva, Richa foi questionado sobre a perda de popularidade, mas alterou um pouco o tom com uma pergunta sobre a prestação de contas sobre o fim de semana sem agenda em Paris, pago pelo contribuinte, numa escala da viagem que fez à China e à Rússia, no mês passado. “Que governador devolve as suas diárias [de viagem]?”, rebateu Richa. “Eu devolvo as minhas diárias”, completou. Ele disse ter devolvido US$ 930 dólares (R$ 3,4 mil) dessa última viagem e que os investimentos que virão para o estado são bem maiores que os gastos.

O governador classificou a cobrança por explicações da viagem como ‘mediocridade e hipocrisia’. “Graças a Deus eu não preciso disso [do dinheiro do governo para viajar]. Estou muito tranquilo, é mais uma maldade dos adversários que tentam desconstruir a minha imagem”, afirmou.

Sem citar o nome do senador Roberto Requião (PMDB), Richa lembrou que ‘um ex-governador fez 10 viagens ao exterior em 2004’.

Com relação à queda de popularidade (a última pesquisa aponta 85% de desaprovação), Richa disse estar tranquilo. O ano de 2015 foi marcado pelo conflito com professores no Centro Cívico de Curitiba, durante a votação de mudanças na Paranáprevidência e pelas investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Receita Estadual.

Segundo o Gaeco de Londrina, auditores fiscais, empresários e contadores formaram uma “organização criminosa” para facilitar a sonegação fiscal mediante o pagamento de propina. Para o Gaeco, o empresário Luiz Abi Antoun, parente de Richa, seria uma das principais figuras do suposto esquema.

Além disso, todos os inspetores gerais de fiscalização da Receita do primeiro mandato de Richa são réus nas ações, inclusive Márcio de Albuquerque Lima, que era companheiro do tucano em provas de automobilismo.

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