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Vice-governadora Cida Borghetti havia sido nomeada para escritório de representação política em  Brasília no começo do mês de maio | Aniele Nascimento/Aniele Nascimento
Vice-governadora Cida Borghetti havia sido nomeada para escritório de representação política em Brasília no começo do mês de maio| Foto: Aniele Nascimento/Aniele Nascimento

Menos de 20 dias após assumir a chefia do Escritório de Representação do Paraná em Brasília, a vice-governadora Cida Borghetti foi exonerada do cargo. A decisão, assinada pelo governador Beto Richa (PSDB), foi publicada no diário oficial do Executivo da última sexta-feira (22).

Marido de Cida, o deputado federal Ricardo Barros (PP) disse que a nomeação havia sido um “erro burocrático”. Segundo ele, Cida teria dito ao governador que toparia participar de um grupo de trabalho para estreitar a relação com o governo federal. Mas não assumir a chefia da representação, que tem status de secretaria.

“Ela nunca quis assumir a operação do escritório, porque daí tem que ordenar despesas, fazer despachos”, diz Barros, que é vice-líder do governo Dilma na Câmara. A função não seria compatível com o dia a dia da vice-governadoria, segundo ele.

Sobre a suposta falha na comunicação entre governador e vice, Barros diz apenas que Cida “tem feito o seu trabalho” e que o mal-entendido é uma “questão burocrática, e não política”. A vice-governadora foi procurada para comentar o caso, mas não foi localizada.

Desde que foi nomeada para a representação em Brasília, porém, Cida nunca demonstrou estar desconfortável com a função. Ela se manifestou publicamente em várias ocasiões dizendo que iria usar a função estratégica para melhorar o relacionamento com a União e a trazer recursos para o Paraná. Na semana passada participou de uma reunião com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) no cargo de representante do estado.

Mesmo fazendo parte do grupo de trabalho que irá mexer os pauzinhos em Brasília, na prática a vice-governadora deverá perder boa parte da influência que poderia ter com a função. Em posição de igualdade, fazem parte do grupo, junto com a vice, os secretários da Casa Civil, Planejamento e a procuradoria-geral do estado.

Ainda não foi definido quem ocupará o cargo deixado por Cida. A expectativa é de que seja nomeado Mozart Vianna, ex-secretário-geral da mesa diretora da Câmara Federal. A indicação teria partido de Barros. Mas até a noite de domingo não havia confirmação oficial.

Ela substituiu Amauri Escudero, que estava na função desde o primeiro mandato do governador, no início de maio.

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