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Primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur, está preocupado com a crescente tensão no plenário. | José Cruz/Agência Brasil
Primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur, está preocupado com a crescente tensão no plenário.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Preocupado com o aumento da tensão no plenário da Câmara e com informação, que disse ter recebido na terça-feira de um colega, o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP) pediu que o Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Casa investigue informação de que há deputados armados nas sessões. O secretário não quis falar o nome do deputado, mas disse que a informação foi repassada a ele ontem por um outro colega, que ao abraçar o deputado percebeu que ele estava com uma arma.

“Recebi informação disso e é preocupante. Plenário do Congresso não é lugar de andar armado. Quem pode andar armado é a Polícia Legislativa. Podem até dizer que tem o porte de arma, mas levar para o plenário, usar aqui no Congresso, eu sou contra. Eu particularmente acho isso um absurdo. Pedi para o Paulo do Depol ver isso”, disse Mansur.

O deputado afirmou estar muito preocupado com a tensão crescente no plenário nos últimos dias, com deputados se agredindo verbalmente e até mesmo com ameça de confronto físico. Beto Mansur, que está na quinta legislatura, diz que conversou hoje com outros deputados que também têm muitos mandatos sobre a necessidade de estabelecer o que chamou de “modus operandi” no comportamento em plenário. Segundo Mansur, ele conversou informalmente com o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), Imbassahy (PSDB-BA) e Júlio Delgado (PSB-MG) em plenário e defende que haja algum tipo de ação dos deputados mais antigos neste sentido.

“Independente dessa coisa de impeachment ou da discussão em relação ao Eduardo (Cunha), é preciso manter a liturgia do cargo de deputado. Estão baixando muito o nível dos debates em plenário; Conversei com Miro, Imbassahy e Júlio, nós que temos mais tempo aqui, precisamos encontrar um modus operandi com gente de todos os partidos. Não é reunião de líderes de partidos, é de gente mais experiente em busca da defesa da instituição”, afirmou Mansur.

Ontem, depois do levante de quinta-feira quando cerca de 100 deputados deixaram o plenário em protesto contra Cunha e acusando-o de ferir a independência do Conselho de Ética, novamente o clima esquentou em plenário. Além de obstruir os trabalhos, deputados da oposição se revesaram em críticas diretas a Cunha, cobrando sua saída da presidência. Houve bate-boca verbal entre o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP) e o vice-líder do governo, Sílvio Costa (PSC-PE). Depois, em outro momento, deputados do PT, entre eles Paulo Pimenta (RS), bateram boca com deputados tucanos, entre eles Rocha (SC). Muitos deputados comentaram

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