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O presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, disse à CPI da Petrobras nesta quinta-feira, 7, que se a companhia “quebrar” talvez haja consequências para a estatal, como reflexos no cronograma de exploração do pré-sal. “Se a Sete acabar e tiver de começar de novo, os reflexos serão muito grandes”, comentou.

Ao responder aos questionamentos dos parlamentares sobre a hipótese da falência da Sete Brasil, Carneiro disse que se isso acontecesse a Petrobras teria dificuldades em atender ao contrato sobre produção de 30% de sondas nacionais com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e poderia estar sujeita a multas. Ele, no entanto, não soube dar mais detalhes sobre as possíveis consequências do fim da companhia.

O executivo afirmou que não viu “benesses”, esforços do BNDES ou influência do ex-presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini, que hoje preside a Petrobras, para recuperar a Sete Brasil. “Não vi nada de salvar a Sete”, respondeu. Ao ser questionado se ele, pessoalmente, investiria na companhia, ele respondeu: “Assim que tiver visão mais clara das alternativas, sim, sem dúvida nenhuma, investiria”.

Presidência

Carneiro voltou a dizer que se considera capaz de continuar à frente da empresa, apesar de ter passado pela OGX de Eike Batista. “Quem quebrou a petroleira não fui eu”, declarou. O executivo disse que houve uma denúncia de manipulação de preços de ações da OGX contra toda a diretoria da OGX e que por isso seu nome foi incluído, mas que esse caso não se transformou em processo do Ministério Público. “Concordo que o grupo (OGX) frustrou expectativas”, comentou.

O executivo disse que a denúncia sobre a OGX aconteceu após sua entrada na Sete Brasil e que os acionistas não viram problema de ele continuar na presidência. Ele também negou que sua indicação para a Sete tenha sido política.

A Sete Brasil passa por uma crise financeira e o projeto passa por um plano de reestruturação. O executivo relatou que a previsão de investimento era de aproximadamente R$ 27 bilhões e que só foram investidos R$ 20 bilhões até o momento. O empréstimo do BNDES ainda não foi liberado e a empresa só recebeu, segundo ele, empréstimos de curto prazo.

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