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Olho vivo

Confirmação...

Devidamente acolitado pelo governador Beto Richa, o prefeito Luciano Ducci confirma hoje de manhã, em entrevista à imprensa, o nome do deputado Rubens Bueno como seu candidato a vice na disputa pela reeleição. A escolha de Bueno gerou controvérsias públicas e insatisfações internas. Entre os vereadores da base, porque pretendiam que o indicado fosse o deputado Osmar Bertoldi (DEM) e, em outras frentes, entre os que consideravam eleitoralmente mais eficaz a escolha do deputado Ney Leprevost (PSD).

...insatisfação...

Nenhum desses dois preteridos quis se manifestar. Já outros ameaçam até sair do PSDB, um deles para o recém-criado Partido Ecológico Nacional (PEN), criado no seio da igreja Assembleia de Deus. Leprevost sequer atende telefonemas – o que faz supor ser grande o seu grau de insatisfação.

...e decepção

Embora considerando-se decepcionado e também alijado do processo eleitoral de Curitiba, o senador Alvaro Dias (PSDB) acredita que a escolha de Rubens Bueno para a vice de Luciano Ducci fortalece a candidatura do prefeito. Entretanto, mantém-se ainda inconformado com o fato de o PSDB ter aberto mão da possibilidade de lançar candidato próprio – no caso, Gustavo Fruet, que foi obrigado a mudar de partido – para apoiar um político filiado ao PSB, legenda que faz parte da base do governo petista, ao qual o PSDB faz oposição. "Perdemos a oportunidade de fortalecer o projeto tucano de ser uma alternativa de poder."

Consumatum est

Ainda não chegou exatamente a hora solene de anunciar o "consumatum est" para marcar o fim do calvário do vereador João Cláudio Derosso – mas ontem a Justiça Eleitoral chegou bem perto disso ao conceder liminar que dá direito à enfermeira Maria Goretti de assumir sua cadeira na Câmara Municipal. Suplente da vez no PSDB, Goretti requereu a vaga sob o argumento de que, tendo Derosso se desfiliado espontaneamente do partido, perde também a cadeira conquistada pela legenda. O juiz entendeu que ela tem razão e declarou cassado o mandato do ex-presidente da Câmara.

O governo estadual precisa vencer a letargia e correr para evitar que o Porto de Paranaguá deixe de ser o destino das exportações agrícolas do Paraná e do Mato Grosso do Sul, que tenderão a ser despachadas pelo Porto de Rio Grande (RS). É o que vai acontecer se mantido o projeto de extensão e construção de ramais da Ferrovia Norte-Sul, cujo edital acaba de ser lançado pela Valec, a estatal federal responsável pelos projetos ferroviários do país. Os envelopes com as propostas serão abertos dia 7 de agosto.

Pelo edital, o trecho da ferrovia que interessa ao Paraná parte da localidade de Panorama, no interior de São Paulo, liga-se a um ramal procedente de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e desce em direção ao Rio Grande do Sul atravessando no sentido vertical as regiões Norte, Noroeste e Oeste do Paraná – as principais produtoras agropecuárias do estado. O destino final da ferrovia é o porto riograndense.

Há um detalhe importantíssimo: a Ferrovia Norte-Sul prevê o uso de "bitola larga" (distância entre os trilhos), incompatível com bitola estreia das ferrovias paranaenses que se dirigem para Paranaguá. Para que as cargas transportadas pela Norte-Sul se destinem a Paranaguá, o mínimo que se deve fazer é uma custosa (e economicamente inviável) operação de transbordo para as composições que trafegam pelas ferrovias Central do Paraná, Ferroeste e Curitiba-Paranaguá.

A tendência será uma só: as cargas seguirão direto para o Rio Grande, com enormes perdas para a economia do Paraná (porém com lucros de produtividade e eficiência para os exportadores, que serão melhor servidos pela nova ferrovia). Até pelo fato de que, como o destino de grande parte das exportações é a Ásia, a localização do Porto de Rio Grande oferece acesso mais rápido para o Pacífico.

O edital da Valec prevê a contratação de empresas para a elaboração de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental de acordo com o pré-projeto de traçado já definido pela estatal contemplando três lotes. Um dos lotes corresponde à ligação entre Panorama (SP) e Chapecó (SC), passando em território paranaense a quilômetros de distância de Campo Mourão e Cascavel, os principais centros produtores agropecuários do estado.

A produção do Mato Grosso do Sul também pode tomar destino oposto, seguindo a partir de Maracaju em direção ao Pará para atender às demandas da Europa e da América do Norte.

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