• Carregando...
 |
| Foto:

O governador Beto Richa assinou artigo na Folha de S.Paulo de ontem no qual dá palpites à presidente Dilma Rousseff sobre como governar. Em resumo, diz ele que as medidas pontuais que vêm sendo tomadas pelo governo federal para aplacar os efeitos da crise internacional são frágeis e que o Brasil está sofrendo de um "apagão gerencial" – algo de que o Paraná, sob seu governo, não sofre.

A receita que Beto ensina a Dilma é incrementar parcerias entre a União e os estados visando a acelerar investimentos em infraestrutura. É o que ele chama de "Pacto pelo investimento produtivo", pelo qual o governo federal entra com os recursos e os estados executam as obras.

O artigo inspirou um abelhudo a procurar nos sites oficiais informações sobre o andamento das parcerias que órgãos da União já mantêm com o Paraná. A ideia do abelhudo era fazer uma demonstração prática do acerto da proposta do governador. Após busca aleatória, foram acessadas informações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e, então, começaram a aparecer as surpresas.

Deu para ver que desde 2011 a Funasa repassou ao governo do Paraná

R$ 51 milhões do PAC para obras de saneamento em 12 municípios. A responsabilidade pela execução seria da Sanepar. Sabem quantas obras foram iniciadas? Nenhuma! Sequer licitações foram abertas até agora, muito embora mais de R$ 20 milhões já tenham até sido empenhados e colocados à disposição.

Da mesma fonte informativa da Funasa vem outro dado: todas as obras tocadas diretamente pela fundação, sem interveniência do estado, em oito outros municípios, no valor de R$ 31 mi­lhões, foram licitadas e estão em andamento.

Olho vivo

Sylvio

Se há uma pessoa que conhece tudo sobre a história política do Paraná, incluindo as profundezas de onde emergiram os episódios e os personagens mais marcantes, esta pessoa chama-se Sylvio Sebastiani. Exatamente no dia em que completa 83 anos, dos quais mais de 50 de ativa militância na política estadual, ele decidiu deixar para a posteridade o metódico e documentado conhecimento que acumulou no livro "Sylvio Sebastiani – um nome, muitas histórias", que lançará amanhã, às 19h, na Sociedade Thalia. Jornalista desde sempre, Sylvio foi líder trabalhista e um dos fundadores do MDB.

Coerência 1

Gregos e traianos ficam nervosos quando flagrados em comportamentos tão incoerentes quanto os que acusam nos outros. Mas há um caso exemplar se desenrolando em União da Vitória, região Sul do Paraná, na disputa pela prefeitura local. Lá, o candidato do PT, Pedro Ivo, conta com o apoio do antagônico PSDB, que lhe deu o vice da chapa, Jair Brugnago.

Coerência 2

A foto nos folhetos e cartazes escancaram a salada mista. Seis sorridentes rostos aparecem ladeando a dupla de candidatos "petucanos": à esquerda, Gleisi Hoffmann (PT), o ex-deputado Airton Roveda (PR) e o atual prefeito, Carlos Jung (PSDB). À direita, o mais surpreendente (des)encontro: os tucanos Valdir Rossoni e Beto Richa posam com Dilma. O slogan da campanha é autoexplicativo: "Deixemos as diferenças de lado. O futuro é agora!!".

Radar suspenso 1

A 4ª Vara da Fazenda Pública suspendeu a concorrência para a aquisição de novos radares de trânsito de Curitiba. A irregularidade foi apontada em notícia publicada por esta coluna na última terça-feira: a empresa ganhadora do certame, a Indra Iessa/Velsis, não conseguiu comprovar, num primeiro teste, a confiabilidade do sistema que apresentou. A prefeitura deu-lhe a chance de fazer um segundo teste, o que, no entendimento jurídico, não seria permitido. Em nota, a prefeitura diz ter entendimento contrário.

Radar suspenso 2

A decisão da Justiça foi liminar, favorecendo uma ação impetrada pela Fiscal Tecnologia, uma das competidoras. Enquanto isso, a Consilux – cujo contrato foi rompido em março de 2011 em meio a denúncias – mantém-se até hoje operando o sistema.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]