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Aumenta a aflição dos que querem se juntar a Osmar Dias e dele recebem nada do que seja uma simples e cordial atenção. Pré-candidato à sucessão paranaense em 2018 e até agora considerado imbatível em relação aos demais pretendentes, o ex-senador do PDT mantém a promessa de que só vai tratar de alianças depois de aclarado o quadro político-partidário no país. Isto é, segundo calcula, só a partir de maio.

Os mais aflitos se dizem representantes da ala do governador Beto Richa. Tucanos amestrados e também empenhados em salvar a própria pele, têm feito romaria no escritório político dele, perto do Centro Cívico. Mas não são os únicos nem os menos frequentes. Dirigentes de outros partidos que não vislumbram possibilidade de montar a própria chapa oferecem suas fatias de tempo de propaganda na televisão como moeda de troca – troca por posições na chapa de Osmar Dias e de cargos na administração após eventual vitória.

Numa roda informal de amigos e jornalistas, Osmar apontou dia destes outros fatores para justificar sua falta de pressa em escolher aliados. Um dos critérios diz respeito à peneira da Lava Jato, que pode vir a ser alimentada com nomes importantes da política paranaense após levantado o sigilo das megadelações da Odebrecht. “Quem não passar pela peneira estará fora”, diz ele.

Também não quer carregar e absorver rejeições alheias. Políticos desaprovados pela opinião pública e sem chance de alçar voos independentes também estariam afastados da montagem das alianças que fatalmente precisará fazer. Os que sobrarem do pente fino só participarão da ceia se se comprometerem com o programa de governo e com os métodos que pretende imprimir para recuperar a perdida capacidade de desenvolvimento do estado. Osmar diz já ter pago o preço de duas derrotas em disputa pelo governo (2006 e 2010) em razão dos vínculos que firmou e que não foram compreendidos pelo eleitorado.

Outro obstáculo que diz ser ainda necessário superar para construir sua campanha é a reforma político-partidária, em debate no Congresso. O desaparecimento de algumas siglas e a fusão de outras tendem a mudar a paisagem. E será apenas após a definição do novo cenário que será possível pensar nos arranjos políticos – como escolher os candidatos a vice e a senador em sua chapa.

Único compromisso que diz já ter firmado é de apoiar o irmão senador Alvaro Dias, candidato a presidente da República pelo PV – recíproca já anunciada por Alvaro, que também compartilha a ideia de ser desaconselhável a companhia de políticos de má-fama. Por isso mesmo, preferiu deixar o PSDB – partido no qual gozava de proeminência – para se filiar ao pequeno Partido Verde.

Osmar refuta a suspeita de que, outra vez, esteja se comportando como um político indeciso, que só define o jogo nos últimos segundos da prorrogação. Contesta: “Fui o primeiro a anunciar minha candidatura, com dois anos de antecedência. Por isso mesmo não preciso ter pressa para decidir rumos que não dependem de mim. É preciso ir devagar com o andor”.

Oposição na AP

A próxima eleição para a APP- Sindicato – reduto político do PT no Paraná – está marcada para setembro, mas já começa a agitar os professores. Enquanto a atual gestão busca se reeleger, começa a se formar um movimento de oposição, crítica ao governo do estado mas sem vínculos políticos. Um dos nomes citados para disputar a presidência é o da professora Isabele Pereira, filha de um ex-presidente da entidade. Menos greve e mais compromisso com a comunidade é o lema escolhido para se contrapor à ideia da atual gestão de que a escola é “território de luta e resistência”.

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Greca conseguiu o que queria: manter a passagem em escorchantes R$ 4,25. O próximo passo para piorar sua imagem será o cancelamento do reajuste do funcionalismo municipal, com data-base no mês de março desde que ele foi prefeito pela primeira vez, nos anos 90.

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