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A reta final para a formação das chapas de candidatos a prefeito e vice de Curitiba não chegou a ser trepidante nem a apresentar surpresas – mas foi um dia de alívio para pelo menos um dos postulantes, o deputado Ney Leprevost, do PSD, que conseguiu confirmar a companhia do PSC. O nome do médico oftalmologista João Guilherme Moraes foi o indicado pelo partido para seu vice.

Até a última hora o ex-senador e presidente estadual do PDT Osmar Dias tentava convencer Ratinho Jr. a levar o PSC para a banda de Gustavo Fruet. Ratinho Jr., porém, depois de ter flertado com Rafael Greca, decidiu manter o compromisso com Leprevost – isto é, o de unificar as duas legendas que comanda (PSD e PSC) na mesma chapa.

A decisão desagrada parte do segmento evangélico, liderada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Ailton Araújo (PSC), que preferia ver o partido ao lado de Fruet.

Como diz o ditado, “quem tem padrinho não morre pagão”: Fruet ficou com outra parte dos evangélicos, representada pelo PRB, o partido da igreja Universal. Até ontem à noite, porém, o prefeito era o único dos candidatos que não havia se decidido sobre quem escolheria de vice entre os nomes indicados pelas demais legendas que compõem sua aliança (PV, PTB e PPS).

Rafael Greca (PMN) definiu ontem sua opção preferencial: seu vice será o tucano Eduardo Pimentel Slaviero. Jovem de bons modos, descendente de político experiente (o ex-governador Paulo Pimentel é seu avô) e até recentemente assessor de Beto Richa, Eduardo equilibra a chapa, mas escancara o apoio do governador a Greca. O que tolhe o discurso ácido que o candidato costumava disparar contra Richa.

Requião Filho (PMDB) atraiu o vereador Jorge Bernardi – que abandonou o brizolismo para ingressar no partido de Marina Silva, a Rede – para ser seu companheiro de chapa.

Tadeu Veneri, do PT, recorreu à militância do próprio partido para definir o vice. É o advogado trabalhista Nasser Allan, que divide escritório com a atual vice-prefeita, Miriam Gonçalves.

Acredite se quiser 1

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, diz não terem fundamento as supostas articulações de que seria candidato a governador em 2018. Seu projeto político continua o mesmo que começou a colocar em pé em 2014, quando impôs o nome da esposa, Cida Borgheti, para, como candidata a vice-governadora, compor a chapa de reeleição de Beto Richa. Já naquele ano vislumbrava que Richa teria de renunciar ao governo para se candidatar ao Senado, abrindo a chance para Cida governar o estado nos últimos nove meses do mandato e, ao mesmo, concorrer à reeleição.

Acredite se quiser 2

Com o esclarecimento, Barros desmente a história corrente num gabinete importante da Assembleia, registrada por esta coluna, de que, para viabilizar a própria candidatura ao Palácio Iguaçu, ele pretendia que Cida Borgheti deixasse a vice simultaneamente à renúncia de Richa. A vacância seria preenchida pelo presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano, de quem Barros receberia apoio para disputar o governo. O ministro não quis fazer ilações sobre a(s) fonte(s) da especulação.

Dúvida

O governador Beto Richa prepara silenciosamente um novo tour internacional, a se dar, provavelmente, em meio à campanha eleitoral. Acendeu dúvida jurídica: Cida Borgheti estará impedida de assumir interinamente tendo dois parentes como candidatos a prefeito em dois municípios – a filha Maria Victória em Curitiba e o cunhado Silvio Barros em Maringá?

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