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| Foto: Suamy Beydoun / Folhapress

A relação pacífica entre o comando do governo interino e a Polícia Federal (PF) ficou estremecida depois que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, declarou na quinta-feira (26) à revista Veja que “todos os que estão atuando nas grandes operações não acham que isso seja necessário”. “Isso” se refere a lista tríplice a ser montada pela Associação de Delegados da PF (ADPF) para escolha do diretor-geral da instituição. A ADPF e os dez candidatos à lista criticaram duramente a fala do ministro. Conforme os delegados, a exemplo dos nomes eleitos desde 2003 pelo Ministério Público Federal (MPF) para escolher o ocupante do Procuradoria-Geral da República, o modelo deve ser adotado pela PF por ser “técnico e isento”. “A seleção por meio da lista é considerada como sinal concreto do governo no sentido de comprometimento com o fortalecimento da PF e com a autonomia da instituição”, diz a nota. A eleição dos nomes ocorre nesta segunda-feira (30) e o resultado deve ser encaminhado para Moraes e ao presidente interino Michel Temer (PMDB) na quarta-feira (1º).

Lista de poderosos

A lista de testemunhas arroladas pela defesa do ex-senador Gim Argello (PTB-DF) pode ser quase que integralmente encontrada na Praça dos Três Poderes, em Brasília. São oito senadores, sete deputados federais, um ministro do Tribunal de Contas da União, o diretor das comissões de inquéritos do Senado, um ex-senador e um advogado. Os nomes elencados pela defesa devem “ajudar” o político a se livrar da acusação de intervenção na CPMI da Petrobras para que grandes empreiteiros não fossem intimados a depor.

“Estratégia da defesa”

Um dos nomes elencados pela defesa de Argello é o do senador paranaense Alvaro Dias (PV). Ele se diz surpreso com a convocação e explica que, apesar de ter sido autor do requerimento da Comissão, participou apenas dos primeiros passos da CPI. “Não tenho nem o que contar”, declarou. Na ocasião, Alvaro se licenciou do Senado para atuar na campanha eleitoral no Paraná. “Me parece uma estratégia de defesa arrolar tantos congressistas”, disse.

Toda ajuda é bem-vinda

O procurador do MPF Roberson Pozzobon disse, na semana passada, que não vê problema no fato de o projeto de lei Dez Medidas Contra a Corrupção – de iniciativa popular – tenha sido encampado por apenas quatro parlamentares para tramitar no Congresso, como mostrou a coluna. “Nós não julgamos parlamentares pelo seu histórico pregresso nesse contexto. Todo apoio é bem-vindo. O cidadão brasileiro quer um parlamentar que ecoe sua vontade”, disse.

Agora vai...

Deve ocorrer nesta segunda-feira a audiência do pecuarista José Carlos Bumlai na Justiça Federal. A oitiva foi adiada por três vezes – as primeiras por motivo de doença do pecuarista e a última em decorrência da morte de um dos seus advogados, o criminalista Arnaldo Malheiros Filho. Bumlai cumpre prisão domiciliar por conta de um tratamento de câncer na bexiga.

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