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Dilma sobrevoa a usina de Belo Monte e fotografa a hidrelétrica: na visita, ela criticou o possível goverbo Temer. | Roberto Stuckert Filho/Presidência/Fotos Públicas
Dilma sobrevoa a usina de Belo Monte e fotografa a hidrelétrica: na visita, ela criticou o possível goverbo Temer.| Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência/Fotos Públicas

A presidente Dilma Rousseff disse que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) presidiu o impeachment com “cara de pau”, e que o deputado vai “antes tarde do que nunca”. Em cerimônia de início da operação na usina de Belo Monte, em Vitória do Xingu (PA) nesta quinta-feira (5), Dilma criticou o eventual governo Temer, especialmente atacando as supostas novas políticas sociais, dizendo à plateia que esse governo não teria votos. Nesta quinta, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal - e, por consequência, da presidência da Casa.

“A única coisa que eu lamento, mas falo ‘antes tarde do que nunca’, é que infelizmente ele conseguiu, vocês assistiram, ele presidiu na cara de pau o processo de impeachment na Câmara. Lamentável”, disse Dilma, que classificou como “claro desvio de poder” o processo de impeachment, e voltou a falar que ele é fruto de uma tentativa de chantagem de Cunha. “Esse impeachment é um claro desvio de poder, porque ele usa seu cargo para se vingar de nós. Porque nós não nos curvamos às chantagens dele.”

Temer

Sem citar nomes, Dilma atacou o eventual governo Michel Temer, que pode acontecer já na semana que vem, caso ela tenha o afastamento determinado pelo Senado. A presidente disse aos que a ouviam discursar que eles não votariam em quem quer “jogar para escanteio 36 milhões de brasileiros”, ao se referir a um suposto corte no Bolsa Família sob a equipe de Temer.

“Se falassem para vocês, vocês votariam em quem quer diminuir de 47 milhões para 10 milhões? Querem jogar para escanteio 36 milhões de brasileiros. Não votariam não”, afirmou Dilma para uma plateia de trabalhadores da usina e beneficiários, e completou: “Ele (o povo) não apoiará aqueles que são contra ele”.

Dilma disse ainda que há uma tentativa, do grupo do vice-presidente, de fazer a população “engolir” novas políticas. “Se é golpe, o que eles querem mesmo? Eles não têm votos para chegar para a população e pedir para a população brasileira engolir as políticas que eles querem. Então, estão fazendo uma eleição direta.”

A presidente criticou abertamente o governo Fernando Henrique Cardoso e exaltou as conquistas de seu próprio mandato e de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mencionou universidades e escolas técnicas feitas no Pará e outros feitos. Dilma afirmou que preferiu priorizar o povo mais pobre em seu governo. “Escolhi priorizar os interesses do nosso povo. O povo mais pobre, com Minha Casa Minha Vida, Fies, Bolsa Família, ProUni, Pronatec.”

Dilma admitiu que a usina de Belo Monte atraiu diversas críticas. O setor ambiental e as organizações que representam povos indígenas foram opositores da obra, que desagradou até a movimentos sociais no começo do mandato de Dilma. A presidente contemporizou a polêmica: disse que as críticas aconteceram por desconhecimento. “Nós sabemos que essa usina foi objeto de controvérsias. Muito mais pelo desconhecimento do que pelo fato de ela ser uma usina com problemas.”

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