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Marice Corrêa de Lima é suspeita de ser destinatária do dinheiro do esquema de corrupção. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Marice Corrêa de Lima é suspeita de ser destinatária do dinheiro do esquema de corrupção.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

A cunhada do ex-tesoureiro do PT J oão Vaccari Neto, Marice Corrêa de Lima, se entregou à Polícia Federal nesta sexta-feira (17). Ela estava sendo procurada pela PF desde a deflagração da 12.ª fase da Operação Lava Jato, na quarta-feira (15). Marice chegou em um táxi, acompanhada de um advogado, por volta das 14 horas. Ela permaneceu em silêncio e não respondeu às perguntas da imprensa. Segundo o advogado dela, Cláudio Pimentel, ela estava em uma conferência no Panamá quando a prisão foi decretada.

pedro corrêa

O depoimento do ex-deputado Pedro Corrêa (PP), preso na última sexta-feira (10) na Operação Lava Jato, foi adiado. Ele deveria prestar depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (17), mas a defesa pediu para que a oitiva fosse adiada. Ainda não há uma novo data definida.

O depoimento de Marice à Polícia Federal está marcado para a segunda-feira (20), às 14h30. Ainda nesta sexta, ela passou por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), procedimento padrão para todos os presos.

Marice deve permanecer na carceragem da Polícia Federal em Curitiba até a próxima terça-feira (21), quando vence a prisão temporária decretada pelo juiz federal Sergio Moro.

Apesar do advogado de Marice afirmar que ela estava no Panamá, na quarta-feira (15), o delegado da Polícia Federal de Curitiba, Igor Romário de Paula, disse que não havia registro nem de entrada e nem de saída de Marice do país.

Contra Marice, pesam suspeitas que, para o juiz Sergio Moro, justificam sua detenção temporária. De acordo com as investigações do Ministério Público Federal (MPF), ela é suspeita de ser destinatária do dinheiro do esquema de corrupção. Ela teria adquirido um apartamento por R$ 200 mil e o vendido para a empresa OAS por R$ 400 mil, conforme as investigações. Este mesmo imóvel teria sido vendido pela empreiteira por um valor menor.

Em 2011, Marice declarou ter recebido R$ 100 mil como assalariada da Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas e R$ 240 mil de indenização por acidente de trabalho e FGTS. A Justiça diz que ela nunca sacou o fundo. Além disso, ela já havia sido citada por delatores como receptora de dinheiro desviado da Petrobras.

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