• Carregando...
Paulo Bernardo e Gleisi são acusados de terem despesas bancadas com dinheiro de corrupção. Eles negam. | Foto: Marcelo Andrade/Arquivo Gazeta do Povo
Paulo Bernardo e Gleisi são acusados de terem despesas bancadas com dinheiro de corrupção. Eles negam.| Foto: Foto: Marcelo Andrade/Arquivo Gazeta do Povo

Investigações da Operação Custo Brasil, um desdobramento da Operação Lava Jato, conduzido pela Justiça Federal de São Paulo, apontam que pelo menos R$ 7,6 milhões foram repassados ilegalmente ao escritório de advocacia ligado a Paulo Bernardo. O advogado Guilherme Gonçalves, também investigado na operação, admitiu ter pago “algumas despesas” do ex-ministro, segundo despacho do juiz do caso.

Os repasses eram feitos através do pagamento de serviços como aluguel de apartamento loft, funcionários e serviços jurídicos do ex-ministro. Para isso, o escritório de advocacia administrava o “Fundo Consist”, dinheiro fruto do esquema de desvio de recursos de empréstimos consignados do Ministério do Planejamento.

A defesa de Paulo Bernardo e de Gleisi nega qualquer irregularidade. A defesa de Gonçalves também nega ter cometido irregularidades.

Confira o que o Fundo Consist teria pago:

- Apartamento loft: as investigações indicam que dinheiro do fundo foi usado para bancar R$ 32 mil referentes a custos de um loft alugado em Brasília para uso da senadora Gleisi Hoffmann durante a campanha de 2010.

- Motorista : parte do dinheiro repassado da Consist ao escritório do advogado Guilherme Gonçalves foi usado para pagar até o salário de um motorista de Gleisi. Despesas com outros funcionários são investigadas.

- Serviços jurídicos: o escritório de Gonçalves prestou serviços a Gleisi nas eleições de 2010, quando ela venceu a disputa para o Senado, e em 2014, quando ela foi terceira colocada entre os candidatos a governador. Nessas duas eleições, Gleisi pagou R$ 150 mil ao escritório pelos serviços de advocacia, sendo R$ 100 mil em 2014 e R$ 50 mil em 2010. Os dados constam das prestações das campanhas de Gleisi ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

- Despesas do mandato: em delação premiada, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) citou que o “Fundo Consist” era quem financiava despesas do mandato da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

- Multa eleitoral: uma planilha de fevereiro do ano passado apreendida no escritório de Gonçalves estão listados débitos como o pagamento de uma multa relacionada ao nome de Gleisi, no valor de R$ 1,3 mil.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]