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O depoimento em delação premiada do ex-gerente da área de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco Filho, afirmando que Jorge Luiz Zelada também recebia propinas das empreiteiras com obras na Petrobras, foi determinante para que o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, decretasse a prisão preventiva do ex-diretor da área internacional da Petrobras, ocorrida na manhã desta quinta-feira (2) em Niterói.

Segundo Barusco, Zelada recebeu propinas em obras como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e também na aquisição das plataformas P51 e P56. O ex-gerente disse que os pagamentos de propinas eram de 2%, sendo que 1% era para Paulo Roberto Costa e outros 1% que eram divididos entre o PT, na proporção de 0,5%, representados por João Vaccari Neto, e outros 0,5% para a “Casa”, representada por Renato Duque, o próprio Barusco e “eventualmente” Jorge Luiz Zelada. Em pouquíssimas vezes, participou Roberto Gonçalves.

Barusco disse que Zelada recebia propinas desde a época em que foi gerente-geral da área de Exploração e Produção, antes de assumir a diretoria Internacional, no lugar de Nestor Cerveró, mas que Zelada recebia a menor parte da divisão do dinheiro. O ex-gerente recordou que na divisão de propinas dos contratos das plataformas P51 e P52, ficou devendo R$ 120 mil para Zelada, dinheiro que levou em mãos a ele em sua casa no Rio de Janeiro. O ex-gerente da Petrobras chegou a informar ao juiz que Zelada tinha conta na Suíça, no Banco Safra, na qual recebia propinas diretamente de empresas envolvidas na corrupção na Petrobras.

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