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Semana agitada

A semana da Lava Jato foi agitada. Depois de esperar quase dois meses para deflagrar a 20.ª fase da operação, a Polícia Federal (PF) tirou o pé do freio e já tratou de realizar a 21.ª, batizada Passe Livre. O alvo desta vez foi o pecuarista José Carlos Bumlai,amigo pessoal do ex-presidente Lula. No dia seguinte, foi a vez de a PF de Brasília realizar a operação que prendeu o primeiro senador no exercício do mandato na história: o líder do governo Delcídio do Amaral (PT-MS) , detido por tentar embaraçar as investigações. A prisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e mantida pelo Senado depois de uma sessão com voto aberto.

Sobrou para todo mundo...

O principal elemento que embasou a prisão de Delcídio foi a gravação de uma conversa feita pelo filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo. E sobrou para todo mundo. Além do senador, também foram parar na prisão o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves e o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro. Na gravação, os investigados mencionam nomes de ministros do STF, ao tratarem um plano para colocar Cerveró em liberdade , e até da presidente Dilma Rousseff, sobre sua possível participação nas irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

... Até para o japonês

Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A PF se viu obrigada a investigar possíveis vazamentos de informações da Lava Jato depois que “um japonês bonzinho” foi citado no áudio-bomba entregue pelo filho de Cerveró e que resultou na prisão de Delcídio. O japonês pode ser Newton Ishii (foto), agente da PF que faz a escolta de presos em Curitiba, e que ganhou notoriedade por aparecer nas fotos ao lado de investigados da Lava Jato.

Influência astral e partidária

Corre por aí que o senador Delcídio do Amaral incluiu o “do” no nome por influência de uma numeróloga, para atrair bons fluidos. Em outras épocas, o senador era identificado como “Delcídio Amaral”. Ligado ao governo FHC, ele chegou a ser filiado no PSDB, mas fontes dizem que sua inscrição no partido não chegou a ser homologada. Em 2001, ele se aproximou do PT e, em 2002, foi eleito senador pela sigla.

Expectativa

O ritmo acelerado da Lava Jato colocou vários veículos da imprensa em estado de alerta. Uma emissora de TV chegou a mandar uma equipe para Curitiba na expectativa de que houvesse a deflagração de mais uma fase da operação na quinta ou sexta-feira.

Companheiros de cela

Depois de firmar acordo de colaboração premiada, Nestor Cerveró foi transferido, por segurança, do Complexo Médico Penal, em Pinhais, para a carceragem da PF em Curitiba. O pedido partiu da defesa do ex-diretor. Cerveró divide a cela com o recém-chegado Bumlai.

Passeio de fim de ano

O juiz Sergio Moro foi visto na quinta-feira (26) à noite num bar no Largo da Ordem, em Curitiba. Ele chegou acompanhado de cerca de 40 alunos. Moro dá aulas de Direito na UFPR. O juiz entrou, percebeu que no local não havia lugares para todos sentarem, e logo saiu. Mas não sem antes atender à tietagem de alguns presentes, que tiraram fotos e cumprimentaram o trabalho do juiz.

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