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A delação premiada de Rafael Angulo Lopez, emissário do doleiro Alberto Youssef, reforça a suspeita de que as empresas Odebrecht, Braskem e OAS tenham feito repasses de propinas ligadas a contratos da Petrobras para contas e beneficiários no exterior.

Em depoimento, Lopez afirmou que entregou dados para depósitos fora do Brasil e colheu comprovantes de transferências para o exterior (swifts, em inglês) em escritórios da empreiteira Odebrecht e da petroquímica Braskem, que fazem parte do mesmo grupo – os maiores acionistas da Braskem são a Odebrecht (38%) e a Petrobras (36%).

Lopez também relatou à força-tarefa da Operação Lava Jato que entregou dinheiro no Brasil e no exterior por indicação de representantes da construtora OAS em países como Peru, Panamá e Trinidad e Tobago. Segundo Lopez, a OAS tinha uma espécie de “conta corrente” com Youssef.

Funcionário de Youssef desde 2005, ele prestou mais de 30 depoimentos em março no âmbito da delação premiada, com o objetivo de obter redução de penas nos processos criminais da Lava Jato. Investigadores consideram a colaboração de Lopez importante pois ele poderá reconhecer pessoas, locais e documentos relativos a operações das quais participou pessoalmente e para as quais há maiores dificuldades de apuração, como as relativas a repasses além das fronteiras brasileiras e à movimentação de dinheiro em espécie.

Outro lado

Odebrecht, Braskem e OAS negaram o pagamento de propinas. A defesa de Lopez afirmou que a delação do emissário ainda tramita em sigilo e não iria se manifestar.

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