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Agentas da PF durante a  24.ª fase da Lava Jato,: ex-presidente Lula foi conduzido coercitivamente. | Leonardo Benassatto/Estadão  Conteúdo
Agentas da PF durante a 24.ª fase da Lava Jato,: ex-presidente Lula foi conduzido coercitivamente.| Foto: Leonardo Benassatto/Estadão Conteúdo

O delegado Igor Romário de Paula, da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, afirmou em ofício encaminhado na segunda-feira (27) ao juiz Sergio Moro que nenhuma imagem feita durante a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em março do ano passado, foi cedida “a qualquer pessoa, empresa ou veículo de comunicação” pela Polícia Federal. Ele reiterou que foram adotados na operação os mesmos parâmetros de ações da PF.

A defesa do ex-presidente contestou a manifestação do delegado e citou depoimentos dos envolvidos no filme “PF - a Lei é Para Todos” à imprensa, em que afirmam que a equipe de filmagem teve acesso ao suposto vídeo da condução coercitiva do petista.

Os advogados de Lula reiteraram pedido feito a Moro no dia 22 para que a produção do filme não use as filmagens da PF nem a revista Veja divulgue o vídeo. Os advogados pedem ainda que seja apurada a eventual responsabilidade criminal de agentes públicos que estariam envolvidos no suposto vazamento.

Caso Moro não acate o primeiro pedido, os advogados de Lula querem que sejam ouvidas pessoas que “confessaram ter tido acesso às gravações”.

Produção do filme afirmou que a obra conta com contribuição da PF

Em decisão de sexta-feira, Moro apontou que não caberia a ele decidir sobre censura à produção do filme ou a veículos de comunicação, e pediu à PF explicações sobre o suposto vídeo em cinco dias.

“Em momento algum as imagens feitas naquela data foram fornecidas a terceiros, sendo anexadas ao processo eletrônico correspondente somente imagens do depoimento realizado e posteriormente degravado”, disse o delegado.

A produção do filme afirmou que a obra é inspirada em fatos reais e a contribuição da PF se deu no sentido de pesquisa de material. A reportagem entrou em contato com a Veja, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição.

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