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A eleição de 2014 provavelmente passará para a história como a mais disputada desde o processo de redemocratização. Fruto da polarização PT versus PSDB, a radicalização de posições continua mesmo após o pleito eleitoral e acontece principalmente sob a falsa invisibilidade das redes sociais. Aos poucos, condutas mais ostensivas de intolerância começam a migrar também para as ruas. O episódio envolvendo o velório do ex-presidente do PT José Eduardo Dutra é mais um capítulo.

Parte da responsabilidade pelo aparecimento de posturas ofensivas ao debate político qualificado pode ser atribuída aos próprios partidos envolvidos. Não vemos publicamente nenhuma condenação enfática às práticas dos militantes que partem para ataques de cunho pessoal.

Em outro flanco assistimos ao ressurgimento de bandeiras autoritárias que estavam latentes desde a redemocratização. Muitas dessas teses, apesar de defendidas publicamente apenas por grupos minoritários, encontram eco em segmentos expressivos da sociedade. Parte do ideário do regime militar parece ter adquirido novo fôlego.

A política pode e deve ser melhorada com mais política. A intolerância, vinda de qualquer lado, não leva à democracia. É mais provável que gere embrutecimento.

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