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Deputado federal do PSol, Ivan Valente não está satisfeito com os rumos da CPI. | Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Deputado federal do PSol, Ivan Valente não está satisfeito com os rumos da CPI.| Foto: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

O deputado federal Ivan Valente (PSol-SP), membro da CPI da Petrobras, criticou nesta quarta-feira (2) a condução dos trabalhos da comissão. Para ele, o fato de nenhum político ter sido convocado para depor em relação aos desvios de recursos da Petrobras desde que a CPI foi instaurada é um dos grandes problemas da comissão.

“O papel dos políticos precisa ser feito de qualquer jeito, se não a CPI vai acabar se desmoralizando. O Congresso Nacional tem que cortar na própria carne”, disse Valente. “Os processos em Curitiba já estão em andamento. Os empresários estão condenados, inclusive. Então nós não podemos deixar de fazer também o nosso papel”, afirmou o deputado.

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Valente reclamou pela demora em ouvir o executivo Julio Camargo, da Toyo Setal, que afirmou em depoimento em regime de colaboração premiada ter entregue dinheiro de propina para o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Nós não podemos ter dois pesos e duas medidas”, disse.

O parlamentar também criticou a vinda da CPI para Curitiba. Em três dias de depoimentos na capital, poucos depoentes abriram mão do direito ao silêncio para responder aos questionamentos dos membros da comissão. “Toda a vinda da CPI, algum saldo tem. Mas eu acho que a CPI precisa racionalizar a sua ação”, disse o deputado. “Nós ainda não convocamos nenhum político para depor na CPI e nós temos mais de 38 parlamentares que estão envolvidos”, completou.

Saldo positivo

Ao contrário da avaliação de Valente, o vice-presidente da CPI, Kaio Maniçoba (PHS-PE), avaliou como positiva a passagem da comissão por Curitiba. “Se não viéssemos para Curitiba poderiam dizer que não estávamos querendo ouvir um ou outro ligado a uma empresa ou um partido. Então isso demonstra que a CPI está buscando fatos, independente de partido ou de coligação partidária”, disse.

Maniçoba também classificou como produtiva a acareação realizada entre o executivo Augusto Mendonça, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, realizada nessa quarta-feira (2). “Acho que essa acareação foi muito produtiva, apesar de que todos chegam com seus habeas corpus e acabam dificultando o trabalho da CPI, mas a CPI é isso, temos que tentar”, avaliou o vice-presidente.

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