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Protesto contra Dilma em frente do Planalto: falta de confiança. | Ueslei Marcelino/Reuters
Protesto contra Dilma em frente do Planalto: falta de confiança.| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O nível de confiança dos brasileiros nas instituições políticas desabou neste ano, depois de ter ficado praticamente estável em 2014, segundo pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira (30). As maiores quedas do chamado Índice de Confiança Social se deram em relação à presidente da República e aos partidos políticos, seguidos de perto pelo Congresso Nacional. O índice é medido desde 2009, sempre no mês de julho, e avalia a confiança da população em 18 instituições e quatro grupos sociais.

Até 2012 não houve grandes variações nos números. Em julho de 2013, após a onda de manifestações pelo país, a confiança caiu em relação a todas as instituições – entre elas empresas, bancos, polícia e até igrejas. Em 2015, porém, a queda foi seletiva: quase todas as instituições não ligadas ao mundo político mantiveram suas “notas” ou se recuperaram levemente, enquanto governo, partidos e parlamentares ampliaram seu desgaste.

A confiança na presidente, por exemplo, caiu pela metade desde 2014: de 44, em uma escala de zero a 100, para 22. Em 2010, último ano do governo Lula, o índice estava em 69. A segunda maior queda afetou os partidos – caiu de 30 para 17 entre 2014 e 2015. O que não mudou foi a posição no ranking: desde 2009 aparecem na última posição.

A terceira maior queda foi a do Congresso Nacional, cujo índice passou de 35 para 22. Isso coloca os parlamentares na penúltima posição, empatado com a presidente.

Saúde

Fora do universo político, a única perda significativa de confiança foi registrada pelo sistema público de saúde (queda de 42 para 34). Já as escolas públicas se mantiveram estáveis (56 em 2014 e 57 em 2015). Segundo o Ibope, há “muita confiança” em uma instituição quando seu índice é superior a 66. Entre 34 e 66 há “alguma confiança”, e “quase nenhuma confiança” quando o índice é inferior a 33. Estão nessa última situação todas as instituições políticas do país.

A pesquisa revelou desgaste significativo dos prefeitos, muitos dos quais buscarão a reeleição no ano que vem. O índice de confiança da categoria caiu de 42 para 33. Em relação a 2011, ano anterior ao das eleições municipais de 2012, a redução é ainda maior: 19 pontos.

O primeiro colocado no ranking de confiança de 2015 foi o Corpo de Bombeiros, que melhorou o índice em relação ao ano passado, de 73 para 81. Em seguida aparecem igrejas (71), Forças Armadas (63) e meios de comunicação (59).

A pesquisa foi feita entre os dias 16 e 22 de julho, em 142 municípios de todas as regiões do país. Foram ouvidas 2.002 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

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