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| Foto: BRUNO DOMINGOS/REUTERS

A avaliação negativa do governo da presidente Dilma Rousseff, que atingiu 68% na pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (1.º), é a pior da série histórica feita pelo instituto desde a redemocratização do país, em 1985. Divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que encomendou a pesquisa, o levantamento mostra que aqueles que avaliam como ruim ou péssimo o governo ultrapassou a marca negativa do então presidente José Sarney em julho de 1989.

Veja os números da presidente Dilma Rousseff no gráfico

Por outro lado, a avaliação positiva do governo de Dilma, de 9%, não foi pior à registrada por Sarney em sondagens realizadas em junho e em julho de 1989. Na ocasião, Sarney tinha 7% de avaliação ótima ou boa dos entrevistados.

Planalto avalia que popularidade vai cair ainda mais nos próximos meses

  • Brasília

O desmoronamento dos índices de aprovação da presidente Dilma Rousseff já era esperado no Palácio do Planalto, mas, apesar do discurso oficial de que o pior já passou, o governo prevê um cenário ainda mais sombrio para os próximos meses. Além dos desdobramentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e do desemprego provocado pela recessão econômica, Dilma enfrentará o desgaste de vetar propostas aprovadas pelo Congresso.

Na lista estão o projeto que aumenta os salários dos servidores do Judiciário e a emenda que estende o reajuste do salário mínimo a todos os aposentados. Para o governo, a “pauta bomba” do Congresso é incompatível com o ajuste fiscal, mas a Câmara e o Senado, comandadas pelo PMDB, decidiram pôr Dilma contra a parede.

Ao minar Dilma em doses homeopáticas, uma ala do PMDB tenta criar condições para tornar o governo insustentável. Nos bastidores, há quem defenda até o impeachment, mas o vice-presidente Michel Temer, que comanda o PMDB, rejeita a ideia. A ordem no Palácio do Planalto é afastar os rumores sobre crise institucional.

O levantamento do Ibope foi realizado entre 18 e 21 do mês passado, antes da divulgação do conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Pessoa disse que fez doações para a campanha eleitoral de Dilma em 2014 por temer que perderia contratos com a Petrobras.

Perspectiva negativa

Tendo completado apenas seis meses do segundo mandato, a perspectiva negativa da população para o restante do governo da presidente Dilma Rousseff subiu de 55% em março para 61% em junho, segundo a pesquisa. Por outro lado, a perspectiva positiva para o restante do mandato da petista oscilou no período de 14% para 11%. Aqueles que consideram regular a perspectiva do governo até o final de 2018 oscilou em três meses de 25% para 23%.

Queda

Segundo a pesquisa CNI/Ibope mais uma vez queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff e seu governo. O porcentual de pessoas que avaliam o governo como ruim ou péssimo subiu de 64% para 68% ante a última pesquisa, realizada em março.

De acordo com o levantamento, caiu de 12% para 9% os que avaliam o governo petista como ótimo ou bom. Também caiu de 23% para 21% os que consideram o governo regular.

A desaprovação da maneira de governar da presidente Dilma subiu de 78% para 83%. E a aprovação da maneira de governar caiu de 19% para 15%.

Já a confiança na presidente Dilma mostra trajetória de queda: 20% dos entrevistados disseram confiar na presidente, ante 24% no levantamento anterior. Esse é o pior índice desde o início do governo, em 2011. Subiu de 74% para 78% os que disseram não confiar na petista.

Subiu de 76% para 82% o total de entrevistados que consideram o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff pior do que o primeiro. Por outro lado, aqueles que avaliam como melhor oscilaram de 4% para 3%, portanto, dentro da margem de erro entre o levantamento de março e o realizado em junho. O porcentual daqueles que consideram igual os dois mandatos de Dilma caiu de 18% para 14% no período.

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