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Dilma Rousseff em entrevista coletiva com o presidente do EUA Barack Obama. | Jonathan Ernst/Reuters
Dilma Rousseff em entrevista coletiva com o presidente do EUA Barack Obama.| Foto: Jonathan Ernst/Reuters

A presidente Dilma Rousseff negou nesta terça-feira (30), em Nova York, que irá demitir os ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), citados em depoimento do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, delator na Operação Lava Jato.

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Em coletiva à imprensa ao lado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que é preciso aguardar toda a investigação sobre o caso. “Nunca demiti ou nomeei ministros demitidos ou nomeados pela imprensa”, afirmou.

Em delação premiada, Pessoa disse que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma por temer prejuízos em seus negócios com a Petrobras. O montante foi doado legalmente. Pessoa disse que tratou da contribuição diretamente com o tesoureiro da campanha de Dilma à época, Edinho Silva.

Como a Folha de S.Paulo informou na última sexta (26), Pessoa também detalhou em um de seus depoimentos a maneira como foi negociada uma contribuição feita à campanha do petista Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, em 2010. Segundo a prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, Mercadante recebeu uma doação de R$ 250 mil da UTC em 2010.

Dilma também criticou as últimas delações feitas no âmbito da investigação que apura um esquema de corrupção na Petrobras, dizendo que se trata de algo “tipo Idade Média”. Ela queixou-se de haver pouco acesso às provas do processo.

“É importante que todos tenham acesso às mesmas provas. O governo não tem acesso às provas, e os mencionados não sabem do que foram acusados. Precisamos ter maior respeito pelo direito de defesa, e só se condena alguém quando se prova”, afirmou.

“É preciso se provar não somente com ilações ou sem acesso às provas. Isso é um tanto Idade Média.”

Respeito

Nesta segunda (29), em Nova York, Dilma disse que “não respeita delator” e negou que tenha recebido dinheiro ilícito em sua campanha.

“Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas, e garanto para vocês que resisti bravamente. Até, em alguns momentos, fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a gente tem que resistir, porque se não você entrega seus presos.”

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