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O plenário da Câmara dos Deputados | Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados/Arquivo
O plenário da Câmara dos Deputados| Foto: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados/Arquivo

Ainda que os holofotes estejam mais voltados para a principal cadeira da Câmara dos Deputados, a de presidente da Casa, outra disputa também tem chamado a atenção. Trata-se da corrida pela cadeira de primeiro vice-presidente, hoje nas mãos de Waldir Maranhão (PP-MA).

A eleição já atrai quase dez deputados federais do PMDB, legenda que possui a maior bancada do Legislativo e, por isso, reivindica o espaço da Mesa Diretora, na costura que tem feito com o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato à reeleição e favorito na corrida.

Embora seja uma cadeira já naturalmente cobiçada – qualquer uma das sete vagas na Mesa Diretora gera poder adicional ao ocupante dela -, haveria ainda outro ingrediente na eleição de fevereiro.

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Parlamentares acreditam que, até 2018, o primeiro vice-presidente terá um papel menos figurativo e mais participativo, já que o vencedor da principal cadeira da Casa será também, na prática, o “vice-presidente da República”.

Como eventual substituto de Michel Temer (PMDB), o presidente do Legislativo abre espaço para a atuação do vice.

Além disso, ninguém sabe quais figuras políticas podem ser atingidas pela Operação Lava Jato em 2017 e quais cadeiras estarão em jogo. O presidente da Câmara eleito no início de 2015, Eduardo Cunha (PMDB), atualmente está preso no Paraná.

Em 2016, quando Cunha viu seu mandato suspenso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o vice, Waldir Maranhão (PP-MA), foi alçado ao comando da Câmara.

Mas a passagem relâmpago de Maranhão na cadeira de Cunha foi polêmica: no cargo, ele tentou anular a decisão do plenário da Câmara de enviar pedido de impeachment de Dilma Rousseff para análise do Senado.

O episódio rendeu forte reação contrária à permanência do pepista e contribuiu para a renúncia de Cunha da cadeira de presidente da Casa, fato que permitiu a convocação de novas eleições.

Candidatos

Com cerca de 70 deputados federais, a bancada do PMDB possui ao menos oito nomes interessados na vaga de vice: Carlos Marun (MS); Elcione Barbalho (PA); Fábio Ramalho (MG); José Friante (PA); Lúcio Vieira Lima (BA); Osmar Serraglio (PR); Sérgio Souza (PR); e Valdir Colatto (SC).

O número já foi maior: o paranaense João Arruda disse à reportagem que desistiu da disputa ao saber da quantidade de correligionários interessados. “Precisamos nos unir e lançar apenas um nome da bancada do PMDB. Na minha opinião, não é o momento de se lançar apenas para marcar posição e buscar outros espaços. Ou você se lança para ganhar ou não sai”, ponderou ele.

O mais cotado para a vice seria Lúcio Vieira Lima, que é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, exonerado em novembro do Executivo, após ser acusado pelo ex-ministro da Cultura de exercer pressão para liberar a construção de um empreendimento de luxo em Salvador.

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