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Barroso: em defesa do fim do foro privilegiado. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Barroso: em defesa do fim do foro privilegiado.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou ser “impensável” que alguém tenha capacidade de paralisar investigações, referindo-se à divulgação de grampos, em que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, fala sobre um “pacto” para deter a Operação Lava Jato. Para Barroso, as “elites” têm que aceitar as condenações “dos nossos”.

“É impensável supor que alguém tenha a capacidade de paralisar as investigações. Ou que qualquer pessoa pode ter acesso ao Supremo para parar as investigações. O ministro que chega ao Supremo só responde a sua biografia e a mais ninguém”, disse Barroso.

Barroso afirmou que é necessária uma mudança comportamental na sociedade. O ministro afirma que as empresas devem combater a corrupção dentro das suas corporações e a população mudar os “hábitos”. “É preciso que a elite passe a aceite as condenações dos, abre aspas, ‘nossos’.”

O ministro afirmou que o sistema político brasileiro é um fomento à corrupção no Brasil, que a sociedade atual não aceita mais a corrupção e que é necessário a continuidade das investigações. O magistrado defendeu o fim do foro privilegiado da maneira como existe hoje no Brasil. “O foro frequentemente leva à impunidade, porque ele é manipulado e permite a manipulação da ação”, afirmou Barroso.

Além do fim do foro privilegiado, o ministro defendeu ainda a criação de uma vara específica para julgar os casos de prerrogativa de foro com um único juiz cuidado dos casos. O novo juiz seria indicado pelo Supremo Tribunal Federal e teria uma mandato de quatro anos. Para Barroso, o processo eleitoral atual favorece a corrupção. “Nós temos um sistema político caríssimo e um mecanismo de financiamento eleitoral que é um fomento à corrupção”, concluiu.

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