Eduardo Leite começa a depor em regime de delação ainda essa semana

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O vice-presidente da Camargo Corrêa Eduardo Leite vai começar a prestar os depoimentos da delação premiada ainda essa semana, de acordo com o advogado Marlos Arnis. De acordo com a defesa do executivo, a intenção de Leite sempre foi de colaborar com a Justiça.

“Há mais de cem dias quando foi preso ele tem dito que sua intenção é de colaborar”, disse Arnis nesta segunda-feira (02) ao deixar a Justiça Federal de Curitiba depois de mais uma audiência do processo contra seu cliente. “O acordo está feito, mas as cláusulas que envolvem esse acordo até que seja homologado pelo juízo são absolutamente sigilosas”, completou o advogado.

Entre os benefícios que o executivo deve receber ao firmar o acordo com o Ministério Público Federal (MPF) é a prisão domiciliar. “A expectativa é que nos próximos 30, 40 dias ele vá para casa cumprir prisão domiciliar se o acordo for homologado”, disse Arnis.

Arnis também está tratando do acordo de delação do executivo Dalton Avancini, da Camargo Corrêa. Segundo ele, o acordo também está adiantado e os depoimentos devem acontecer nos próximos dias.

Audiência

Cinco testemunhas foram ouvidas na audiência desta segunda-feira (2) na Justiça Federal de Curitiba. Três testemunhas de defesa arroladas por Eduardo Leite participaram de uma audiência que teve início às 9 horas. Em seguida, foram ouvidos novamente os delatores Julio Camargo e Augusto Mendonça, da Toyo Setal, em uma audiência que começou por volta das 11 horas. Todas as oitivas fazem parte do processo contra executivos da Camargo Corrêa e da UTC.

Ainda nesta segunda-feira (2) devem ser ouvidos os delegados da Polícia Federal Márcio Anselmo e Erika Mialik Marena. As oitivas começam por volta das 15h30 e dizem respeito a ação penal contra o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares e o doleiro Alberto Youssef.