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 | Nacho Doce/ Reuters
| Foto: Nacho Doce/ Reuters

Um dos elementos utilizados por Dilma Rousseff (PT) no embate contra Aécio Neves (PSDB) na campanha à Presidência é o comparativo entre os oito anos do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002, e as administrações petistas de Lula, entre 2003 e 2010, e da própria candidata à reeleição, desde 2011. A Gazeta do Povo analisou índices oficiais dos três governos nas áreas de saúde e educação. Pelo levantamento, os números gerais dos governos petistas são melhores do que os de FHC. Porém, foi no governo do tucano, quando o país saía de uma grave crise econômica, que os avanços foram maiores. É importante destacar que, nos anos de 2000 e 2010 foram realizados censos demográficos. Nos demais, os indicadores foram obtidos por meio da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad). Dados sub ou superestimados na Pnad foram corrigidos pelos censos, o que pode ter provocado distorções nos dados de alguns anos.

Compare os índices

Mortalidade materna

Quando assumiu o governo, em 1995, FHC encontrou uma taxa de 115,7 mortes maternas a cada 100 mil bebês nascidos vivos. O tucano entregou o governo, em 2002, após um segundo mandato, com um índice de 75,9 mortes, uma redução de mais de 34% (veja infográfico). Nos governos Lula e Dilma os números continuaram caindo, mas em ritmo mais lento, chegando a 64,8 mortes em 2011, primeiro ano da sucessora de Lula no poder. A Organização das Nações Unidas (ONU) preconiza 35 mortes ma­­ternas para cada 100 mil nascidos vivos no Brasil.

Mortalidade infantil

Em relação à mortalidade infantil, os dois governos tiveram avanços similares. Na era FHC, o índice caiu de 35,1 mortes de menores de um ano a cada mil nascimentos, para 23,4, redução de 33%, próxima à conquistada de Lula: 29%. O petista terminou o governo com 16 mortes por mil. Em 2011, primeiro ano de Dilma na Presidência (e último disponível para consulta), o índice caiu para 15,3. Nesse caso, o Brasil antecipou a meta dos Objetivos do Milênio da ONU, que havia estabelecido uma meta de 15,7 mortes a cada mil nascidos vivos apenas para 2015.

Médicos

O número de médicos atuando no país cresceu mais no governo Lula: 22%, chegando a 1,71 por mil habitantes. No governo FHC, o índice subiu 15% e a média era de 1,37 profissional por mil brasileiros. Não há dados disponíveis sobre a gestão Dilma. O programa Mais Médicos, porém, trouxe ao país mais de 14 mil profissionais estrangeiros e é uma das estrelas da propaganda governamental.

Saneamento básico

No abastecimento de água e na coleta de esgoto, o país evoluiu mais durante os dois governos FHC. Entre 1995 e 2002, o crescimento no fornecimento de água foi de 8%, contra 0,5% no governo Lula e 1% nos dois primeiros anos de governo Dilma, quando se atingiu a marca de 84,4% da população atendida. Já a coleta de esgoto evoluiu 15% no governo tucano, chegando a 65,5% da população. Lula e Dilma aumentaram, juntos, o atendimento em 3,8%. Em 2012, o serviço chegava a 76% da população. É importante ressaltar, no entanto, que os indicadores foram obtidos de duas maneiras: nos anos de 2000 e 2010, durante a realização de censos, com dados reais ou bem mais próximos da realidade. Nos outros anos, pela Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad), que, como o próprio nome diz, faz o levantamento por amostragem, portanto, passível de distorções.

Ensino básico

O governo Fernando Henrique foi importante também para a inclusão no ensino básico. O acesso aumentou 25% em seu governo e, seguindo a tendência de envelhecimento da população, caiu nos governos Lula e Dilma – em contrapartida ao aumento do acesso às universidades.

Analfabetismo

A taxa de analfabetismo atingia 14,7% da população quando Fernando Henrique Cardoso assumiu o governo, caiu para 7,9% em 2011, na gestão Dilma Rousseff. A redução foi de 25,7% durante os anos FHC, 16% no governo Lula e 7,9% no primeiro ano de Dilma.

Universitários

O Brasil nunca teve tantos estudantes em cursos universitários. Eram mais de 7 milhões em 2012, segundo ano do governo Dilma, de acordo com o Ministério da Educação. Mais que o dobro dos 3,4 milhões existentes quando FHC deixou o governo em 2002. Mas foi o tucano quem, em termos porcentuais, se saiu melhor. FHC quase dobrou o número em oito anos de governo. Lula também aumentou em 40% o número de universitários, especialmente com o Prouni, que possibilitou o acesso a instituições privadas.

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