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Marcelo Crivella, do PRB, ligado à igreja evangélica. levou a prefeitura do Rio de Janeiro. | Yasuyoshi Chiba
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Marcelo Crivella, do PRB, ligado à igreja evangélica. levou a prefeitura do Rio de Janeiro.| Foto: Yasuyoshi Chiba /AFP

O candidato apoiado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) na corrida à prefeitura de Belo Horizonte, João Leite (PSDB), acabou sendo derrotado por um estreante na política, o empresário Alexandre Kalil, pertencente a uma legenda nanica, o PHS. Assim como o tucano João Doria na capital de São Paulo, Kalil fez o discurso do “não político” ao longo da campanha eleitoral. O placar representou ainda uma virada em relação ao primeiro turno, quando João Leite havia obtido 33,40% dos votos, contra 26,56% de Kalil.

A derrota de João Leite neste domingo (30) interfere no quadro das eleições de 2018, já que Aécio Neves disputa a indicação do PSDB para entrar na corrida a presidente da República. O senador já havia perdido o governo de Minas Gerais, no pleito de 2014, quando o candidato do PT, Fernando Pimentel, derrotou o tucano Pimenta da Veiga.

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O adversário do senador dentro do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, agora sai ainda mais fortalecido na disputa interna. Alckmin foi vitorioso no principal centro eleitoral do país, a capital de São Paulo, ao apoiar praticamente sozinho o candidato eleito João Doria, que venceu no primeiro turno, levando o PT de Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo, a uma forte derrota.

Imediatamente depois, Alckmin foi alçado, pelo próprio Doria, ao nome da sigla para disputar a Presidência da República em 2018. O grupo de Aécio Neves, contudo, ainda tentava ganhar em Belo Horizonte para reduzir os pontos do correligionário, o que acabou não acontecendo.

Esquerda derrotada

A única capital em que a esquerda saiu vitoriosa neste segundo turno foi Macapá (AP), em que Clécio, da Rede, foi reeleito. A candidatura do Psol em Belém (PA) naufragou, dando espaço para um tucano. A disputa do PT pela prefeitura de Recife (PE) terminou com a vitória do candidato do PSB, Geraldo Julio.

Porto Alegre

De modo geral, contudo, o PSDB presidido por Aécio Neves repetiu o desempenho positivo no primeiro turno. A principal vitória foi em Porto Alegre, onde os tucanos obtiveram um inédito primeiro lugar. O tucano Nelson Marchezan Junior, que está no seu segundo mandato como deputado federal, derrotou Sebastião Melo, do PMDB. Historicamente, Porto Alegre é um dos principais redutos petistas no país e o fato de o partido de Lula (PT) não ter ido nem para o segundo turno já representava uma grande derrota para a legenda.

Outro reduto petista, o chamado “cinturão vermelho”, formado por cidades próximas da capital de São Paulo, também “eliminou” o PT nas eleições. No segundo turno, a expectativa do PT era garantir ao menos a vitória em Santo André, o que não ocorreu. Por lá, o tucano Paulo Serra obteve cerca de 80% dos votos contra o petista Carlos Grana.

Rio de Janeiro

no Rio de Janeiro, onde a disputa envolvia dois espectros ideológicos opostos, as urnas confirmaram o que as pesquisas já apontavam: Marcelo Crivella, do PRB, sigla ligada à igreja evangélica, derrotou a principal esperança da esquerda nas eleições, Marcelo Freixo, do Psol.

Freixo, contudo, se consolida como uma figura importante para a esquerda nas eleições de 2018. A candidata do Psol à Presidência da República em 2014, Luciana Genro, ficou apenas em quinto lugar na corrida à prefeitura de Porto Alegre, no último dia 2.

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