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Marcelo Freixo, do PSol | Divulgação/Mídia NINJA/
Marcelo Freixo, do PSol| Foto: Divulgação/Mídia NINJA/

Uma nota de uma corrente do PSol sobre a morte do ex-primeiro ministro de Israel, Shimon Peres, provocou revolta entre a comunidade judaica do Rio e desconforto na campanha de Marcelo Freixo à prefeitura. No último dia 9, a Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST) publicou em seu site um texto sobre Peres, morto em 28 de setembro, em que diz que o ex-primeiro ministro “foi um dos fundadores do Estado de Israel e de sua milicia terrorista Haganah, dedicada a exterminar e expulsar palestinos de seus território”, e que ele é “responsável direto das agressões e bombardeios, execuções extrajudiciais e violação dos direitos humanos” sofridas por palestinos. Com o título “Morreu o genocida Prêmio Nobel da Paz”, o texto encerrava dizendo que “com razão, enquanto os poderosos lhe fizeram homenagens em Israel, os palestinos festejaram”.

Grande líder de Israel, Shimon Peres é figura controversa para palestinos

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A Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) reagiu ao texto na última quinta-feira (13). A entidade expressou “profunda revolta” com o posicionamento e afirmou que “poucas vezes se viu em um texto tão curto uma quantidade tão grande de mentiras e ódio”. A Fierj cobrou ainda que “a Direção Nacional do PSol, assim como o candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo, desautorizem publica e oficialmente este texto e o retirem-no do ar imediatamente”.

Também na quinta-feira, Marcelo Freixo publicou em sua página no Facebook um pedido de desculpas à comunidade judaica e afirmando que as opiniões expressas no texto não são autorizadas pela campanha.

O caso provocou briga mesmo dentro da comunidade judaica. No último sábado, a campanha de Freixo promoveu um encontro pela “liberdade religiosa”, em que representantes de diversas religiões declararam apoio a sua campanha. Michel Gherman, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e coordenador do Centro de Estudos Judaicos da UFRJ, manifestou seu apoio à candidatura do PSol. Cobrado por judeus cariocas por causa do texto da corrente do partido, ele reclamou, em um post no Facebook, de estar sendo vítima de “linchamento virtual”.

O principal político da Corrente Socialista dos Trabalhadores é o vereador Babá. Em 2012, circulou nas redes sociais um vídeo em que ele aparece queimando uma bandeira de Israel em uma ato favor da causa palestina. Babá tentou nesta eleição mais um mandato como vereador, mas não conseguiu se reeleger, ficando como primeiro suplente do partido na Câmara dos Vereadores. Ele foi o sétimo mais votado entre os candidatos a vereador do PSol, e a coligação do partido conseguiu seis cadeiras.

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