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Fruet fez campanha nesta quarta-feira (28) na Vila Hauer | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Fruet fez campanha nesta quarta-feira (28) na Vila Hauer| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Marcada para fevereiro do próximo ano, a revisão tarifária do transporte coletivo de Curitiba será a primeira “pauta-bomba” da gestão do próximo prefeito, que começa em 2017. Em campanha, no horário do almoço, na Vila Hauer, o prefeito e candidato à reeleição, Gustavo Fruet (PDT), afirmou que congelar a tarifa do usuário é impossível e que ela deverá sofrer um reajuste. A data-base do contrato com as empresas para revisão tarifária é 26 de fevereiro.

Atualmente, a tarifa paga pelo usuário curitibano é R$ 3,70 e a tarifa técnica (aquela repassada pelo município às empresas) é de R$ 3,66. A diferença cobre o valor antigo da tarifa para usuários que abasteceram seus cartões-transporte antes do reajuste.

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“É inevitável sem recurso novo. Primeiro, tem contrato que estabelece a correção da inflação. Em segundo, cada vez mais está tendo impacto a folha de pagamentos. Hoje 51% do custo é folha, em especial motoristas e cobradores, e, nos últimos anos, eles têm tido correção não só pela inflação mas índices superiores. Em terceiro, há os passivos de demanda judicial”, afirmou Fruet. No começo deste ano, o aumento da tarifa em Curitiba aconteceu em meio a negociação difícil entre as empresas e os motoristas e cobradores de ônibus da capital.

O candidato prometeu que, se for reeleito, intensificará as negociações e continuará pedindo a mediação do Ministério Público para, principalmente, discutir questões consideradas fundamentais no sistema: índice de qualidade do transporte, implantação da bilhetagem eletrônica e recomposição tarifária.

“Agora de qualquer maneira em fevereiro tem uma questão contratual. Sempre deixei claro isso. Vejo que os outros candidatos fogem. Até em forma de bravata, dizem que vão reduzir custo dizendo que vão retirar a taxa de administração da Urbs (Urbanização de Curitiba). É impossível (congelar a tarifa)”, disse.

O prefeito ainda se defendeu ressaltando que todos os componentes da tarifa aumentaram acima da inflação. “Da minha parte se tiver um recurso novo, fonte nova, com maior prazer vou melhorar o sistema no aspecto tarifário”, ressaltou. Segundo a Urbs, a tarifa da capital é a mais baixa da região metropolitana inteira.

Em sabatina, Greca disse que reajuste pode garantir qualidade do sistema

Principal adversário de Fruet, Rafael Greca (PMN) disse, durante sabatina na Gazeta do Povo, que pretendia acabar com o subsídio que a prefeitura de Curitiba injetaria no sistema de transporte coletivo. Segundo ele, ainda que a medida cause o aumento do valor da tarifa, ela é importante para garantir a qualidade do sistema.

“O subsídio do transporte com dinheiro público municipal pode ser uma coisa que a gente tenha que jogar fora, porque a gente tem que apresentar um preço justo de tarifa. Tirar dinheiro da saúde para colocar na passagem para dizer que eu sou bonzinho e que a passagem de ônibus é a mais baratinha do país, é perigoso”, afirmou Greca durante a entrevista.

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