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Gustavo Fruet (PDT), atual prefeito de Curitiba, vota neste segundo turno. Ele está fora da disputa | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Gustavo Fruet (PDT), atual prefeito de Curitiba, vota neste segundo turno. Ele está fora da disputa| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Desbancado no 1º turno pelo candidato Ney Leprevost (PSD), Gustavo Fruet (PDT), atual prefeito de Curitiba, disse que o fato de ele não ter declarado apoio a nenhum dos políticos que disputam o segundo turno na capital paranaense não fez com que ele anulasse seu voto.

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Fruet chegou a UniCuritiba por volta das 10 horas. Antes, ele havia visitado a mãe dele que mora no Água Verde. Por isso, foi caminhando ao seu ao local de votação.”Não é um voto para argumentar ou convencer ninguém. Mantivesse postura de neutralidade durante o segundo turno, mas, por principio, eu não anularia meu voto”, afirmou .

O atual prefeito também adiantou que, no que cabe a sua gestão, a transição será tranquila e com congelamento de novos investimentos. “Já assinei o decreto. A Lei de Responsabilidade fiscal é como se fosse um paredão. Ela determina que qualquer serviço contrato hoje seja pago até 31 de dezembro. E não há recurso ou orçamento que permita isso. E o desafio agora é manter o essencial, principalmente na área de saúde. Projetos novos não serão iniciados. E, assim como estamos fazendo ao longo desses três anos e dez meses, vamos cortar o que não for essencial para que não haja nenhuma dúvida com relação ao gasto público e haja respeito à lei de responsabilidade fiscal”.

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Futuro

Sobre a nova gestão de Curitiba, Fruet disse que, seja Ney Leprevost ou Rafael Greca, o novo prefeito encontrará grandes desafios, sendo o primeiro a construção de um orçamento dentro das promessas realizadas. “Minha torcida é para que [os candidatos] consigam porque, apesar de toda a expectativa de melhora, as receitas estão em queda e praticamente todo o orçamento já está comprometido com a manutenção dos serviços já ofertados”.

Ele também avaliou a campanha do segundo turno entre Rafael Greca e Ney Leprevost. “De um lado, entende que isso faz parte do processo democrático. Mas isso teve um protagonismo no segundo turno. Afinal, quem é mais desqualificado para essa função e isso prevaleceu nesse debate. Acho muito ruim, desqualificado e trágico. Das promessas, e eu respeito a opção da população, mas a maior parte ou já está em execução ou não cabe no orçamento. E isso será muito cobrado. Não se esqueçam que parte da perda da popularidade da presidente Dilma ocorreu por que não houve sintonia entre o prometido é o realizado. O eleitor silencioso [votos brancos, nulos e abstenções] não aprovou nenhuma das propostas, nem no primeiro turno e nem no segundo turno”.

Segundo o atual prefeito, o cenário político do estado e do país nos próximos anos ainda é imprevisível.

“Ninguém sabe o que pode acontecer em termos de novas informações, e que pode atingir a base do presidente Michel Temer”, disse, referindo-se principalmente às informações na manga do ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, preso no dia 19.

“O segundo turno é uma disputa da base do governo [estadual], gerou uma tensão. Mas o tempo vai mostrar se é possível uma recomposição ou se ficarão fraturas difíceis de serem compostas. É difícil projetar 2018”.

Sobre o seu próprio futuro, Fruet preferiu desconversar. “É muito cedo. Agora, é garantir esses dois meses”.

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