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| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Enquanto o candidato Ney Leprevost (PSD) prometeu novamente baixar a tarifa do transporte coletivo de Curitiba nos primeiros 90 dias de gestão, o ex-prefeito Rafael Greca (PMN) afirmou que a proposta não passa de “uma pitada de marketing”.

A questão do transporte foi o “carro chefe” do debate realizado pela Gazeta do Povo nesta quarta-feira (5) - o primeiro encontro entre Ney Leprevost e Rafael Greca desde que o segundo turno das eleições foi definido no último domingo (2). A polêmica que envolve a tarifa do transporte coletivo na capital “puxou” uma série de discussões de mobilidade urbana e segurança no ônibus, além de outros temas como saúde, educação e turismo. Durante a discussão, os candidatos fizeram um “pacto” por uma campanha limpa e sem ataques.

Assista à íntegra do debate entre Rafael Greca e Ney Leprevost

Caixa Zero: Greca tenta mostrar Ney como demagogo; Leprevost diz que o adversário é dissimulado

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O candidato do PSD promete reduzir em, no mínimo, R$ 0,15 nos primeiros 90 dias da sua administração, se eleito. Leprevost afirma que fará a redução retirando da tarifa os 4% que são destinados à Urbs. “Gostaria de reduzir mais, mas os 4% é o que dá para prometer”, disse o deputado estadual ao longo do debate. Já Greca, bateu da tecla de que não é possível cortar o percentual da Urbs da tarifa, que é destinado à fiscalização e manutenção do sistema do transporte coletivo, inclusive com o pagamento de salários. “Não é possível tirar este percentual. Não se pode colocar nas questões técnicas nenhuma pitada de marketing ou demagogia”, afirmou, se comprometendo a fazer o que chamou de “Operação Lava Jato” na tarifa - uma auditoria nas contas no transporte na busca de baratear a tarifa, com mediação do Ministério Público. “A questão da tarifa é um espinho no coração de qualquer prefeito”, lamentou Greca.

Leprevost rebateu, afirmando que fará a abertura da “caixa preta da Urbs” e que vai buscar parcerias público-privadas para baratear o custo da tarifa, além de utilizar os bens da própria empresa para gerar renda. O candidato chegou a afirmar que o custo da passagem em Curitiba era um caso para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que é um braço do Ministério Público.

Segurança Pública

Na carona do debate sobre a tarifa, Leprevost apresentou uma proposta de seu plano de governo - o Grupo de Proteção ao Passageiro (GPP), em que entre 90 e 180 guardas municipais a paisana fariam a proteção dos passageiros dentro dos ônibus. Greca também questionou o efetivo que será destinado para a realização da proposta. “O efetivo da Guarda é muito pequeno e um guarda é sempre quatro guardas. Nós precisamos chamar os guardas que foram aprovados e deixar uma viatura em cada terminal”, afirmou o ex-prefeito.

Os candidatos também falaram na ocupação da cidade como forma de aumentar a segurança. Leprevost afirmou que vai fazer parcerias com empresários do centro oferecendo isenções fiscais para que lojas, bares e restaurantes fiquem abertos até mais tarde. Greca também falou sobre o tema, afirmando que as pessoas precisam de segurança para sair às ruas. “Onde houver balada, vai existir polícia na rua”, disse.

Trânsito

Os candidatos também debateram as vias e áreas calmas, implantadas durante a gestão de Gustavo Fruet (PDT) e que limitam a velocidade dos veículos no centro da cidade. “Queremos um trânsito sem gargalos. Área calma não é para deixar todo mundo nervoso. É preciso focar na circulação e não da indústria das multas”, disse Rafael Greca. Leprevost afirmou que é possível aumentar o limite de velocidade na área calma, passando para 50 quilômetros por hora. “Isso não é uma promessa, é uma possibilidade”, afirmou.

Gestão da Saúde

Para os dois candidatos, há problema de gestão na área de saúde e ambos prometem utilizar a tecnologia para a marcação de consultas, com aplicativos. Enquanto Ney prometeu construir dois pronto-atendimento infantis (PAIs), Greca afirma que utilizará os hospitais tradicionais da cidade. “A saúde tem que dar resposta à população nos primeiros 180 dias de governo. Podemos otimizar o sistema de saúde da cidade, mudando a forma de gestão”. Ney Leprevost afirmou que vai utilizar gestão inteligente na saúde e que vai construir os pronto-atendimentos na CIC e no Bairro Novo. “O que falta em Curitiba é gestão na saúde e a saúde é a prioridade número um no meu plano de governo”, afirmou.

Educação

Os candidatos também fizeram compromissos na área da educação municipal. Greca afirmou que vai recriar os “Faróis do Saber” e torná-lo digital - um para quatro escolas. “Vou mergulhar na realidade escolar, fazendo uma escola moderna”, afirmou. Leprevost foi na mesma linha, afirmando que vai criar aulas de reforço e atividades de contraturno, na valorização dos professores. “Mais crianças na escola significa menos crianças nas ruas”, disse.

Greca assumiu o compromisso de pagar os planos de cargos e salários criado pela gestão de Fruet a partir de 2017. Leprevost afirmou que vai governar a educação com base no diálogo com os profissionais da educação.

Cargos em Comissão

Os candidatos também debateram o número de cargos em comissão dentro da prefeitura. Leprevost afirma que quer cortar cerca de 40% o número de cargos comissionados dentro da administração municipal. “Acho que os cargos são utilizados para nomear políticos. Era uma prática em tempos antigos, mas é preciso reduzir a máquina pública”, afirmou. Greca afirmou que o corte proposto por Leprevost é “inócuo”. “Temos que reduzir o número de secretarias, mas é preciso observar o endividamento da prefeitura e observando como podemos fazer isso sem afetar a gestão”.

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