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João Doria foi responsável por cerca de um terço do desempenho dos tucanos nas urnas | Rovena Rosa/Agência Brasil
João Doria foi responsável por cerca de um terço do desempenho dos tucanos nas urnas| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Na análise rápida, o PMDB, legenda com o maior número de filiados do país, teve o melhor “placar” no primeiro turno das eleições municipais de 2016, realizado no último domingo (2). A sigla abocanhou 1.028 administrações locais, repetindo a posição das eleições de 2012, quando também figurava como o partido com o maior número de políticos em cadeiras nos Executivos municipais. Mas, o número de votos obtidos pelos peemedebistas vitoriosos na disputa majoritária revela que a legenda perdeu quase 10 milhões de eleitores na comparação com 2012.

Veja o desempenho das legendas na eleição

No levantamento – ainda parcial, devido ao fato de o segundo turno ainda não ter sido realizado -, o PMDB ganhou menos de 7 milhões de votos, contra mais de 16 milhões na eleição anterior. O “campeão de votos” no domingo foi o PSDB, que já conquistou 793 prefeituras no primeiro turno, com o aval de aproximadamente 10,5 milhões de eleitores – quase 3 milhões somente na capital de São Paulo, onde o candidato tucano, João Doria, venceu já no primeiro turno.

No próximo dia 30, tanto o PMDB quanto o PSDB devem aumentar os números de votos. As duas legendas participam do segundo turno das eleições, que acontecerá em 55 cidades brasileiras. No levantamento realizado pela reportagem, os votos recebidos pelos candidatos que seguiram para o segundo turno não foram incluídos.

Desempenho dos nanicos e do PT

Na comparação com 2012, contudo, nem PMDB, nem PSDB, aparecem entre as siglas com o melhor desempenho. A lista é comandada por legendas nanicas: PTN, PHS e PCdoB tiveram os maiores saltos entre 2012 e 2016. O PTN, por exemplo, que conquistou 12 prefeituras há quatro anos, saiu das urnas do último domingo comandando 30 municípios.

Os partidos nanicos, contudo, também figuram no topo da lista daqueles que tiveram o pior desempenho. O PPL tinha 11 prefeitos em todo o país e ficou com apenas quatro, o pior desempenho. O PRTB também encolheu: de 17 para 10. Entre os dois nanicos, aparece o PT, que tinha 651 prefeituras em 2012, quando fez mais de 17 milhões de votos, e, agora, tem 256 prefeitos. Os candidatos petistas receberam menos de 2 milhões de votos na corrida eleitoral.

Partidos novos

Embora a comparação com o pleito anterior ainda seja parcial, já que o segundo turno ainda não ocorreu, a perda de votos em parte dos casos também pode ser explicada pela criação de novos partidos políticos de uma eleição para a outra. Além disso, o número geral de abstenções, e votos brancos e nulos, cresceu em relação ao pleito anterior.

No último domingo, seis partidos estrearam nas eleições municipais: Rede, PEN, PMB, SD, Pros e Novo. O último não conquistou nenhuma prefeitura do país, assim como legendas mais velhas, como PCB, PCO e PSTU. Entre os novatos, o campeão foi o Solidariedade (SD), sigla do deputado federal Paulinho da Força (SP), que conquistou 62 cadeiras nos Executivos municipais. A Rede Sustentabilidade (Rede), criada pela ex-ministra Marina Silva, registrou uma participação tímida: abocanhou apenas cinco prefeituras pelo Brasil.

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