• Carregando...
 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

No último debate antes do primeiro turno das eleições, os candidatos à prefeitura de Curitiba evitaram ataques e confrontos, até mesmo na hora de perguntar uns aos outros. O debate da RPC desta quinta-feira (29) foi marcado pelas “dobradinhas” entre Gustavo Fruet (PDT), candidato à reeleição, e Requião Filho (PMDB), além de Maria Victoria (PP) e Rafael Greca (PMN). As “parcerias” ainda não efetivadas mostram um cenário de apoios em um possível segundo turno entre Greca e Fruet.

O candidato Ney Leprevost (PSD) também entrou, em poucas ocasiões, no time de Maria Victoria e Greca, mas buscou se afastar dos outros candidatos, se apresentando como uma terceira força, com chances de ir ao segundo turno. Já Tadeu Veneri (PT), por sua vez, manteve uma postura independente, criticando independente de “lado”.

Veja como foi a cobertura em tempo real do debate da RPC

Leia a matéria completa

Neste terceiro e último debate do primeiro turno - os dois primeiros foram na Band e na RIC -, os ataques à gestão de Fruet foram menores e os candidatos evitaram fazer perguntas ao prefeito. No primeiro bloco, os participantes fizeram perguntas uns aos outros sobre temas sorteados e o prefeito foi o último a responder. Fruet afirmou que preferia outra época para gerir a capital. “Muito precisa ser feito, gostaria de ser prefeito durante uma situação financeira um pouco melhor. Mas sei que ainda há muito para fazer”, disse.

Transporte e mobilidade

Um dos principais temas do debate foi o transporte coletivo, com foco em mobilidade urbana. A deputada estadual Maria Victoria afirmou que deve reintegrar o transporte metropolitano, assim como o colega de Assembleia Legislativa, Ney Leprevost, que afirmou que, além de reintegrar, deve reduzir a tarifa nos primeiros noventa dias de gestão. “Vamos colocar publicidade ao lado dos ônibus e colocar anúncios sonoros dentro dos coletivos para aumentar a receita”, disse.

Ney perguntou à Fruet sobre o transporte, que utilizou da mesma estratégia, falando sobre as obras que fez durante sua gestão. O ex-prefeito Rafael Greca afirmou atuará no transporte coletivo e no trânsito de forma unificada. “A solução é juntar as duas coisas”, disse Greca, afirmando que “vai tentar não aumentar a tarifa”.

O candidato Tadeu Veneri aproveitou o debate para falar sobre os focos de sua campanha - transporte, lixo e especulação imobiliária. “Precisamos enfrentar o cartel do transporte coletivo. Se não vamos ficar só na choradeira”, afirmou. Veneri ainda questionou Fruet sobre a gestão do lixo e da regularização fundiária. O prefeito afirmou que 12 mil lotes foram regularizados. “Desatamos os nós na questão do meio ambiente”, disse ele, fugindo da pergunta sobre a licitação do lixo.

Sem polêmicas

Diferentemente dos outros debates, as polêmicas da campanha não pautaram a discussão entre os candidatos e casos como o sumiço das obras da Casa Klemtz ficaram de lado. Apenas o debate sobre a população de rua pautou algumas das perguntas. Maria Victoria (PP) afirmou que é preciso capacitar os moradores de rua e Ney Leprevost seguiu na mesma linha, afirmando que era não só dar o peixe, mas “ensinar a pescar”. Rafael Greca (PMN), que foi o alvo da polêmica quando afirmou que “vomitou com cheiro de pobre”, falou do “grande valor dos educadores sociais”. Requião Filho defendeu Gustavo Fruet e afirmou que o problema não é de gestão, mas social.

Alianças

A aliança entre Rafael Greca e o governador Beto Richa (PSDB) foi um tópico recorrente no debate, que já foi iniciado com um questionamento de Requião Filho sobre o tratamento do governador com o funcionalismo público, por conta da Batalha do Centro Cívico. Greca, que é acusado de “esconder” Richa em sua campanha, falou da importância da parceria entre a prefeitura e o governo estadual. “O Rafael [Greca] pode ser bem intencionado, mas o grupo que está com ele não é”, atacou Requião.

Outro embate entre Greca e Requião Filho aconteceu quando o deputado estadual afirmou que a Fundação de Ação Social (FAS) da prefeitura de Curitiba é constantemente utilizada como trampolim político e utilizou a primeira-dama do estado, Fernanda Richa, como exemplo. Greca saiu em defesa de Fernanda Richa. “Vem atacar o trabalho exemplar da Fernanda Richa, eu não entendo”, afirmou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]