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Se os dois finalistas da corrida pela cadeira de prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD) quiserem saber um pouco mais o que os curitibanos de cada parte da cidade querem do poder público, podem examinar um documento anexado à proposta de Lei Orçamentária para 2017, enviada à Câmara Municipal pela atual administração.

Ele elenca as 2.411 demandas feitas por cidadãos ou associações de moradores pessoalmente, via internet ou telefone 156 sobre como e onde gastar o dinheiro público no ano que vem.

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A maior parte das demandas (955, ou 40% do total) diz respeito à mobilidade urbana. No conjunto, estão 715 pedidos sobre intervenções viárias (implantação ou manutenção de asfalto ou antipó), além de solicitações sobre melhorias no trânsito (147) e no transporte público (93). Em seguida, aparecem segurança (335), saúde (288), esporte e lazer (164), e iluminação pública (139).

Curiosamente, o transporte público, isoladamente, não aparece na lista das dez principais demandas – o que faz algum sentido, já que nos últimos 15 anos, os ônibus perderam 18% dos passageiros, ao passo que as frotas de carros e motos dispararam em 93% e 243%, respectivamente.

O documento divide as demandas entre genéricas (ou seja, para a cidade como um todo) e específicas (para uma regional). No primeiro caso, houve 184 pedidos, liderados por segurança (43), saúde (24) e transporte (22). As restantes 2.227 se dividem entre as dez regionais da cidade. E, aí, a participação não é homogênea.

A regional Boa Vista lidera o ranking de participação (519), seguida por Boqueirão (437), Bairro Novo (275), Santa Felicidade (242), Matriz (176), Tatuquara (150), Cajuru (145), Pinheirinho (128), CIC (102) e Portão (53).

Para oito das dez regionais, a principal demanda foi o sistema viário. No Bairro Novo, a principal reivindicação foi para a saúde pública. Na Matriz, segurança liderou, enquanto o sistema viário ficou apenas em quinto lugar. Por outro lado, na regional Boqueirão as obras em ruas representaram 63% de todas as demandas.

Também é possível ver quais bairros apresentaram mais demandas, e o que os moradores de cada um desejam. No primeiro caso, o Xaxim lidera o ranking de pedidos (176), seguido por Sítio Cercado (158), Bacacheri (120), Boqueirão (112) e Bairro Alto (101).

Por outro lado, Centro Cívico, Hugo Lange, Jardim Botânico, Parolin, Santa Quitéria e São Francisco tiveram apenas uma demanda cada. E de sete bairros (Alto da Glória, Cabral, Caximba, Jardim Social, Juvevê, Lamenha Pequena e Taboão) não partiu nenhuma demanda.

Em 38 bairros, intervenções no sistema viário lideram os pedidos. Em seguida, vêm segurança (11), saúde (10), trânsito (7), meio ambiente e iluminação pública (6). No Hauer, nada menos de 76 dos 81 pedidos (ou 94% do total) clamam por obras viárias. Elas também são objeto de mais de 60% das demandas feitas por moradores de Novo Mundo, Xaxim e Bacacheri.

Saúde, por sua vez, é uma prioridade no Boa Vista, a julgar pelas opiniões colhidas para a Lei Orçamentária – dela tratam 13 dos 29 pedidos (45% do total do bairro). Por fim: nem só por obras clamam os curitibanos. No Pinheirinho, o pedido por mais opções culturais está em 29 dos 62 pedidos (47% do total).

As consultas foram realizadas pessoalmente, via redes sociais, internet e telefone 156, entre junho e julho passados. Na consulta presencial, realizada num centro de eventos no Parque Barigui, estiveram 1.009 pessoas, que apresentaram 172 demandas, principalmente sobre mobilidade urbana. Via internet ou 156, a prefeitura recebeu a maioria das demandas. Como na consulta presencial, temas relacionados à mobilidade urbana somaram mais de um terço do total.

A proposta de Orçamento para 2017 pode ser lida, na íntegra, no site da Câmara Municipal.

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