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 | Tom Vieira Freitas/Fotoarena/Folhapress
| Foto: Tom Vieira Freitas/Fotoarena/Folhapress

O mesmo homem atacou por duas vezes a sede do PT nesta quinta-feira (30). O atentado mais grave aconteceu às 14h30 quando Emilson Chaves da Silva lançou um coquetel molotov dentro do prédio, no momento em que dirigentes do partido -entre eles, seu presidente, Rui Falcão - voltavam do almoço.

O comerciário usou um cigarro para tentar detonar a bomba, mas não conseguiu. Alertados pelos seguranças, petistas que estavam no hall do prédio correram atrás de Emilson pela rua Silveira Martins, no centro de São Paulo e o detiveram.

O ex-deputado Paulo Frateschi foi um dos que entregaram Emilson a dois PMs. “Eu vou voltar”, gritou o homem, segundo relato de Frateschi.

Segundo o perito criminal do Núcleo de Polícia Científica, Ricardo Lopes, foi encontrada uma lata de solvente “potencialmente inflamável”, que teria capacidade de atingir toda a sala e causar vítimas caso fosse acionada.

Ameaça

A ameaça já tinha sido feita 13 horas antes. Às 13h15, Emilson usou um pé-de-cabra contra a vidraça do prédio que abriga o Diretório Nacional do partido.

Segundo boletim de ocorrência, ele carregava um canivete e gritava que “mataria todos os petistas”.

Preso em flagrante, ele foi levado, ao 8.º Distrito Policial (DP), do Brás, sendo liberado em seguida. Após a liberação, uma publicação atribuída a Emilson Chaves Silva, nas redes sociais, dizia: “Foi eu (sic) quem ataquei o diretório nacional do partido dos trabalhadores e vou atacar de novo”.

O presidente do PT, Rui Falcão, levou uma cópia da mensagem à polícia para pedir proteção ao partido.

Como Emilson pôde voltar à sede para um novo ataque, os advogados do PT pediram abertura de inquérito na Corregedoria da Polícia para apurar por que o autor dos atentados foi solto após prisão em flagrante.

Nesta manhã, ele também havia sido detido após ser flagrado pelos Policiais Militares com um pé de cabra tentando retirar os vidros das portas que dão acesso ao mesmo prédio. Ele foi ouvido e liberado, por falta de representante do imóvel, conforme prevê a legislação em casos de menor potencial ofensivo.

Ao saber do ataque, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma mensagem ao partido, segundo a qual o “Brasil tem assistido a muitas cenas de intolerância e ódio”.

“Nenhuma bomba, pé-de-cabra ou agressão vai tirar nossa determinação de lutar por um Brasil mais justo”, diz.

Falcão informou que, por ter ocorrido na sede nacional do partido, os advogados do PT vão recorrer também à Policia Federal. “É mais um atentado contra o PT provocado por essa onda de intolerância que é estimulada pela grande mídia”, disse.

Segundo o deputado Zico Prado, que deixou a Secretaria da Segurança Pública de SP na noite desta quinta, o comerciário era um dos acampados na avenida Paulista que pediam o impeachment de Dilma Rousseff, no começo do ano.

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